
Segundo a Secretaria Regional da Inclusão Social, 117 refugiados ucranianos recebem Rendimento Social de Inserção (RSI), 84 abono de família, oito o subsídio de parentalidade e três abono de família pré-natal.
Desde que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia começou, 861 refugiados ucranianos entraram na Madeira, a maioria são mulheres e crianças, revelou o Governo Regional, reconhecendo que a integração no mercado de trabalho não tem sido fácil
A secretária regional da Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, em entrevista à agência Lusa, indicou que, desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, foram feitos 861 pedidos de proteção temporária na região ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Desses, 10 ainda não estão concluídos, referiu a governante, admitindo que são situações "preocupantes", uma vez que as pessoas sem o processo concluído no SEF "não podem ter nenhum tipo de apoio".
"Mas, estão sinalizadas, as nossas equipas da Segurança Social estão atentas a estas 10 pessoas com o compromisso de Lisboa de rapidamente resolver e tentar perceber o porquê do atraso", assegurou.
Rita Andrade explicou que, no entanto, não é possível quantificar o número de refugiados que permanecem na ilha, uma vez que as saídas não são registadas.
Entre fevereiro e março do ano passado, registou-se "um afluxo de refugiados muito grande", com 331 pessoas a entrarem na Madeira, número que depois diminuiu até agosto.
Em janeiro deste ano entraram mais cerca de 50 refugiados na ilha.
A governante revelou que inicialmente houve a expectativa de que estes cidadãos pudessem suprir algumas das necessidades da Madeira em conseguir mão-de-obra para diversas áreas, nomeadamente na hotelaria e na restauração.
No entanto, a maioria das pessoas que foi chegando à região, sobretudo as mais velhas, não falam inglês.
Segundo a Secretaria Regional da Inclusão Social, 117 refugiados ucranianos recebem Rendimento Social de Inserção (RSI), 84 abono de família, oito o subsídio de parentalidade e três abono de família pré-natal.
Há ainda 13 agregados familiares que beneficiam de Subsídio da Ação Social e duas famílias com apoio à habitação.