O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil afirmou que a TAP “voltou a negar” a realização de um plenário, na terça-feira, e garante que isso “não contribuiu para os necessários consensos” na negociação do novo acordo de empresa.
“Na sequência da nossa convocatória para uma reunião de trabalhadores, vulgo plenário, a ter lugar no dia 19 de julho , informamos que a administração da TAP Portugal voltou a negar esta forma de atividade sindical prevista na lei”, refere a estrutura sindical. Para o sindicato, “a questão jurídica em que [a TAP] se baseia para tal decisão, é mais uma vez, errada”: A “não identificação de serviços urgentes e essenciais que devam ser protegidos em resultado do plenário”.
Por seu lado, o SPAC garante continuar “convicto do seu entendimento, pois considera que nenhum dos serviços de voo que está planeado para a hora do referido plenário é de caráter urgente e essencial”. E acrescenta: “Se assim fosse, como foi possível cancelar-se o número de voos que se cancelou nas últimas semanas? Ou os serviços de voo só são urgentes e essenciais se o seu atraso estiver relacionado com as legítimas e legais atividades sindicais dos pilotos?”, questiona.
Na mesma nota, a estrutura sindical “alerta a administração da TAP Portugal para que a insistência nesta atitude de negar a realização das reuniões de trabalhadores aos pilotos não contribui para a obtenção dos necessários consensos para a negociação do novo Acordo de Empresa [AE]”, sendo este um “instrumento de regulação essencial para o cumprimento do plano de reestruturação e, consequentemente, para a viabilidade e sustentabilidade da empresa e ainda para a obtenção de um clima de paz social”.