11/12/2023
 
 
Hospitais de Coimbra abrem mais camas para responder ao aumento do número de doentes covid

Hospitais de Coimbra abrem mais camas para responder ao aumento do número de doentes covid

José Sérgio Jornal i 16/11/2021 13:55

Diretor clínico refere que os casos não são tão graves comparadamente às vagas anteriores.

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) abriu mais camas para doentes infetados com covid-19, uma vez que o número de internados está a aumentar devido aos surtos internos e nos lares da região. A informação foi avançada, esta segunda-feira, pelo diretor clínico do CHUC, Nuno Deveza, que afirmou ainda que a pressão vinda do serviço de urgência e dos lares "aumentou bastante".

"Para terem uma ideia, a média de casos positivos na semana de 31 de outubro a 06 de novembro foram nove casos por dia e na semana de 07 a 15 de novembro já foi de 15 casos por dia", sublinhou

Segundo os últimos dados, o CHUC tem, neste momento, 44 pessoas internadas na enfermaria de não críticos e seis pessoas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), sendo uma delas uma adolescente que 16 anos que sofre de obesidade mórbida e não estava vacinada por opção.

Daqueles que estão internados em enfermaria, 30% são doentes não críticos provenientes de lares da região, em que "mais de metade está parcialmente dependente ou com grau de dependência elevada e quase todos com comorbilidades significativas e outras doenças associadas", refere Nuno Deveza.

O diretor clínico adianta que o CHUC tem, neste momento, capacidade para 10 internados na UCI, mas que esse número pode ser expandido para 15, e 52 camas em enfermaria. Caso seja necessário fazê-lo, o responsável explica que essa mudança vai causar impacto na atividade hospitalar, especialmente na cirurgia programada, uma vez que será necessário "desviar" recursos médicos e de enfermagem para outras especialidades.

Apesar do aumento do número de doentes com covid-19, Nuno Deveza afirma que existe menos pressão nas UCI e nas enfermarias relativamente a vagas anteriores: "Não é tão grave e os doentes que têm mais gravidade e estão nos cuidados intensivos são aqueles que não estão vacinados. Os outros são doentes que estão vacinados, mas têm comorbilidades muito importantes que lhes atinge o sistema imunitário".

O diretor clínico do CHUC refere ainda que, mesmo com a vacinação completa e a toma da terceira dose, "vai haver sempre um grupo de doentes que será sempre mais suscetível".

"A terceira dose [da vacina] está já em andamento e estou convencido que irá ter um impacto na [menor] necessidade de internamento, porque a vacinação diminuiu a incidência de doença grave e com necessidade de internamento", acrescentou.

Dentro de duas semanas, deverá estar finalizado o processo de inoculação da terceira dose da vacina contra a covid-19 aos mais de 8.000 profissionais do CHUC, disse ainda o diretor-clínico.

Ler Mais

Os comentários estão desactivados.


×

Pesquise no i

×
 


Ver capa em alta resolução

iOnline