O Presidente da República Checa, Milos Zeman, defendeu hoje o recurso à vacina russa Sputnik V contra a covid-19, apesar de não ter recebido luz verde no país, para compensar atrasos nas entregas das farmacêuticas norte-americanas Pfizer-BioNTech e Moderna.
"Não tenho nada contra o uso da vacina russa se os especialistas chegarem a um consenso. É melhor que as pessoas morram aqui por falta de vacina?", questionou Zeman em entrevista à emissora privada Frekvence.
O chefe de Estado ofereceu a sua colaboração para pedir ajuda ao Kremlin.
No entanto, neste momento as autoridades não preveem comprar a Sputnik V, embora alguns especialistas e assessores do Governo, como o ex-ministro da Saúde Romam Prymula, proponham considerar esse fármaco devido aos problemas de abastecimento das vacinas aprovadas pela União Europeia.
Este ano e até ao momento, o país recebeu um total de 28% a menos das doses que esperava. Da Moderna recebeu menos 89% e da Pfizer-BioNTech menos 10% das doses acordadas.
O país da Europa central, com 10,7 milhões de habitantes, foi um dos mais atingidos pela segunda vaga da pandemia no continente. Desde o primeiro surto da doença, em março de 2020, contabiliza 16.932 mortes devido à covid-19.
Até ao momento, foram vacinadas 268.617 pessoas, ou seja, 2,5% da população.