Por quem os sinos dobram
Não há vivalma nos passeios, só os pássaros trazem movimento a este universo sem vida, o tempo que não passa, a existência de cada um de nós fechada em decretos, papéis azuis de vinte e cinco linhas, se é que ainda os há, burocraticamente impedidos de voltarmos a ser quem éramos.
Na cidade morta, os sinos dobram. Cá do alto, perco olhar ao longo do rio, também ele parado como se estivesse proibido de circular, tal e qual acontece aos homens. Não há vivalma nos passeios, só os pássaros trazem movimento a este universo sem vida, o tempo que não passa, a existência de cada um de nós fechada em decretos, papéis azuis de vinte e cinco linhas, se é que ainda os há, burocraticamente impedidos de voltarmos a ser quem éramos. Um sol de Verão aquece-me o corpo e dá-me vontade de continuar vivo na cidade morta. O sol-Deus de Turner, o pintor de tempestades.
Cheguei há dias de um país desconfinado que não acredita em máscaras como Moscovo não acreditava em lágrimas. É domingo em Alcácer e, muito provavelmente, em todo o mundo, mais meridiano menos meridiano.
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