
A paralisação vai continuar em Setúbal. Os estivadores pedem agora que sejam também resolvidos os problemas de outros portos nacionais. Enquanto isso, as empresas desesperam e há quem recorde a situação de Lisboa, que acabou na lista negra dos portos internacionais. Governo aponta o dedo ao lado sindical.
O Porto de Setúbal está no topo da agenda mediática desde o dia 5 de novembro. Foi nessa altura que os estivadores precários começaram uma paralisação que acabou por se estender no tempo.
Esta sexta-feira foi feita uma nova reunião para tentar chegar a acordo, mas as negociações acabaram por ser suspensas. Depois de obtido um acordo para a contratação de 56 pessoas, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) decidiu manter a posição de força como forma de conseguir resolver os problemas de outros portos. Houve uma aproximação de posições, mas o SEAL continua a exigir que sejam resolvidos também os problemas dos outros portos nacionais. Conclusão: a greve vai continuar.
O Ministério do Mar aponta o dedo aos representantes sindicais e garante que a "precariedade no Porto de Setúbal podia ter acabado. Essa era a vontade explícita deste governo e de todas as partes sentadas à mesa das negociações".