
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revelou hoje, em comunicado, o resultado da necropsia de Myrtilis, a fêmea de lince-ibérico descoberta já cadáver no início de março. Segundo as conclusões do Laboratório de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, o animal morreu por infeção viral.
A fêmea tinha sido libertada em ambiente natural, na zona de Mértola, a 8 de fevereiro no âmbito do projeto de reintrodução da espécie de lince ibérico em Portugal e Espanha. Os resultados dos exames confirmam agora que a morte de Myrtillis, que ocorreu poucas semanas após a sua reintrodução na natureza, foi resultado da infeção “panleucopénia felina” e não por envenenamento, como aconteceu no ano passado a outra fêmea libertada na mesma região.
Segundo o ICFN, esta é uma “doença muito comum nos gatos domésticos”. No entanto, e apesar “de já ter sido detetada noutros linces ibéricos em liberdade”, os especialistas explicam que “é a primeira vez que se encontra associada diretamente à morte de um espécime”. Por isso, alertam no mesmo comunicado para a “necessidade de garantir a vacinação adequada destes animais e o seguimento sanitário da população da espécie”.