Está desempregado ou mal empregado? Cansado da rotina, não gosta do seu chefe e está à procura de novos desafios? Se calhar, o ideal é começar uma dedicada e constante busca de trabalho. Na situação actual da economia nacional (e mundial), arranjar emprego parece uma das tarefas mais árduas dos últimos tempos – aliás, esta semana a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) vaticinaram um panorama apocalíptico para o emprego. Em 2012 vão faltar 40 milhões de empregos nos países do G20; como se fosse pouco, o número de desempregados inscritos no mundo este ano é de 200 milhões. Em Portugal, a população de desempregados foi estimada em 675 mil pessoas. O i decidiu procurar alternativas que possam ajudar na busca de novas oportunidades profissionais.
Quando tentamos arranjar emprego, geralmente utilizamos os métodos tradicionais: visitamos os sites especializados, falamos com alguns conhecidos, amigos, familiares, ex-colegas da faculdade, etc. Somos os que entramos em contacto com alguém, e os que decidimos quando e a quem vai dirigido o nosso CV. Contudo, existe uma outra forma de ter o seu CV à disposição de 120 milhões de pessoas, 24 horas por dia, 7 dias por semana, os 365 dias do ano. Como? Fácil, tem apenas de abrir uma conta no Linked-In. Se pensa que esta rede social é uma espécie de Facebook, está muito enganado. Fundada em Março de 2003, esta plataforma para profissionais é a maior rede profissional do mundo na internet, com mais de 120 milhões de utilizadores em mais de 200 países. No caso português, os utilizadores chegam aos 700 mil.
Desde a sua entrada na bolsa, em Maio deste ano, as receitas da tecnológica mais do que duplicaram. Entre Abril e Junho, as receitas do LinkedIn alcançaram os 90 milhões de euros, o que significou um aumento de 120% face ao período homólogo, em que foi de 41 milhões. Os títulos do LinkedIn foram colocados no mercado a 45 dólares cada. Três meses depois, as acções valem 78 dólares.
Ainda não está convencido? Desde 30 de Junho de 2011, o LinkedIn conta com a presença de utilizadores que são executivos de todas as empresas no ranking da Fortune 500 em 2011. As soluções de recrutamento são utilizadas por 75 empresas no ranking da Fortune 100 e mais de 2 milhões de empresas têm os seus perfis criados no Linked-In. No caso português, quase todas as empresas do PSI 20 estão presentes na plataforma, assim como também 65% das 100 maiores empresas portuguesas. Há dois anos, este site não estava sequer no top 100 dos sites mais visitados pelos portugueses. Actualmente está no top 13. Os profissionais podem procurar as ofertas de emprego que aparecem no site, assim como participar em grupos do seu interesse de forma a manter o seu perfil activo. Do mesmo modo, as empresas podem procurar candidatos através dos perfis disponíveis ou com as soluções de recrutamento que o LinkedIn oferece. Pelo preço de 95 dólares. uma empresa pode pôr um anúncio de emprego no site por um prazo de 30 dias. Do mesmo modo, as empresas podem também fazer parte de diferentes grupos, consoante a sua área de negócio, e anunciar a vaga dentro do grupo sem custo nenhum.
O i entrevistou 2 pessoas-chave para se poder perceber o êxito desta rede social para profissionais: Pedro Passos Cunha e André Jordão Sousa. O primeiro é Head Hunter da agência de recrutamento ONE, que utiliza a plataforma como ferramenta diária para recrutamento; o segundo, uma testemunha que conta como é possível tirar o máximo partido desta plataforma, tendo sido contactado e colocado (através do LinkedIn) pela ONE no seu actual emprego. O i também falou com Rui Pedro Caramez, especialista desta rede social e autor do livro “Rentabilize a sua presença online”, que ajudou na elaboração das dicas que pode encontrar em baixo. Rui Caramez deu--nos algumas sugestões sobre como se deve maximizar a nossa presença no LinkedIn – que também poderá encontrar no site linkedportugal.com. Para quem estiver interessado, este site também oferece vários artigos de interesse e estudos sobre a plataforma.