Ucrânia propôs novas rondas de conversações com a Rússia

Ucrânia propôs novas rondas de conversações com a Rússia


“É necessária uma reunião ao mais alto nível para garantir verdadeiramente a paz”


A Ucrânia propôs, para a próxima semana, uma nova ronda de negociações com a Rússia, que estão suspensas desde junho, avançou o Presidente ucraniano.

Na mensagem diária transmitida ao país no sábado, Volodymyr Zelensky explicou que a proposta foi feita pelo secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Roustem Oumerov, esclarecendo ainda que quer negociar diretamente com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin. 

“É necessária uma reunião ao mais alto nível para garantir verdadeiramente a paz”, afirmou, mas sem adiantar uma data exata.

As negociações realizadas a 2 de junho na cidade turca de Istambul — que acolheu uma primeira reunião a 16 de maio — levaram a várias trocas de prisioneiros, incluindo prisioneiros gravemente feridos e doentes, e menores de 25 anos. 

No entanto, as duas reuniões de negociações pouco fizeram avançar os esforços para um cessar-fogo.

Durante as últimas negociações, em junho, a Rússia voltou a apresentar várias exigências, incluindo a cedência pela Ucrânia de quatro regiões e a renúncia a toda a ajuda militar ocidental.

Na terça-feira, o porta-voz do Kremlin (presidência russa) disse que a Rússia está disposta a negociar com a Ucrânia, mas precisa de tempo face às declarações do Presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu armas para Kyiv e deu 50 dias para Putin pôr fim ao conflito.

“As declarações do Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump são muito sérias. Parte delas foram dirigidas pessoalmente a [o homólogo russo, Vladimir] Putin. É claro que precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington. Se ou quando o Presidente Putin considerar necessário, ele comentará”, disse Dmitri Peskov aos jornalistas.

Na véspera, segunda-feira, Donald Trump deu à Rússia um prazo de 50 dias para chegar a um acordo com a Ucrânia, caso contrário os EUA tomarão medidas de retaliação, como a imposição de tarifas, que também poderão afetar os principais importadores de petróleo russo: China e Índia.