Angola registou, até quarta-feira, quatro novos mortos e 117 casos de cólera. Desde o início do surto da doença em janeiro, aumentaram para 193 as mortes e 5.336 os infetados.
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado esta quinta-feira, dos 117 casos de cólera registados até quarta-feira, 80 foram notificados na província de Luanda, capital de Angola e o epicentro da doença, que se espalhou por várias outras regiões do país, com destaque para Icolo e Bengo.
Nas últimas 24 horas, Luanda foi a única província que registou mortes, tendo no mesmo período recebido alta 91 pessoas e em internamento 198 outras com cólera.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que face ao intensificar do período de chuvas em Angola está a apoiar as autoridades angolanas no reforço das medidas de controlo, para impedir a propagação da doença e acabar com o surto.
Segundo a OMS, foram destacadas 20 equipas de resposta rápida para as províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, para realizar a deteção e notificação ativa de casos, na realização de inquéritos rápidos sobre infeções, no tratamento de dados e na mobilização das comunidades para a adoção de medidas preventivas.
“Além da deteção ativa de casos, o Ministério da Saúde, com apoio da OMS, da Unicef, do Banco Mundial e do Comité Internacional da Cruz Vermelha, realizou uma campanha de vacinação reativa de cinco dias em janeiro de 2025, vacinando mais de 900.000 pessoas”, informa a organização. .
“Graças ao forte envolvimento da comunidade e aos esforços de sensibilização, a campanha atingiu uma taxa de cobertura de vacinação de 99,5%”, acrescenta o organismo da ONU.
O surto de cólera, uma doença infecciosa associada a más condições de higiene, saneamento deficiente e falta de qualidade da água, foi confirmado pelas autoridades angolanas em 7 de janeiro.