Guerra em Moçambique passa das ruas para os corredores jurídicos

Guerra em Moçambique passa das ruas para os corredores jurídicos


Autoridades judiciais dizem que não há mandado de captura em nome de Mondlane. Apoiantes do candidato da oposição falam em armadilha para o fazer regressar ao país.


O candidato à presidência de Moçambique Venâncio Mondlane solicitou a PGR  esclarecimentos e informações sobre os crimes que lhe são imputados e a existência do alegado mandado de busca e captura.

Mondlane através da sua procuradora legal desafia a PGR a apresentar provas documentais de que não existe qualquer mandado de prisão contra ele.

Ao Nascer do Sol, o candidato lembra que foi noticiado que existiam vários processos-crime, incluindo um que o condena a pagar ao Estado uma indemnização de mais de 100 milhões de Meticais, tendo, segundo Mondlane, que continua em parte incerta, as contas bancárias bloqueadas.

Sublinhe-se, que esta semana, o Presidente do Tribunal Supremo afirmou que não existia qualquer mandado de busca e captura emitido contra Venâncio Mondlane, declaração que os apoiantes do candidato, apoiado pelo Podemos, parecerem acreditar ser uma “armadilha”, elaborada para o trazer de volta ao país e então detê-lo.

Assim, parecem estar agora em marcha as manobras da chamada guerra jurídica. Sublinhe-se que é mais fácil para o regime já instalado manipular a lei a seu favor. Aliás foi através de uma situação semelhante que inviabilizaram a CAD , a aliança que apoiava o Venâncio.

Neste momento, parece estarem a tentar proclamar Daniel Chapo como Presidente, sem ser necessário julgar os contenciosos e tentam desvalorizar ou mesmo desmentir a existência de processos judiciais, uma espécie de recuo tático, para neutralizar a dinâmica do Venâncio.