Fogos. Risco aumentou cerca de 40% face a 2022

Fogos. Risco aumentou cerca de 40% face a 2022


A GNR está neste momento no terreno em todo o país a sensibilizar as autarquias e os proprietários para a necessidade de proceder às limpezas previstas na lei relativas à segurança do edificado”, continuou o ministro, defendendo que “todas as áreas circundantes às habitações que devem ser objeto de limpeza”. 


Hoje em dia, o risco de incêndio em Portugal face a 2022 aumentou em 40%, precisou o ministro da Administração Interna. 

"Hoje pudemos ouvir da parte da GNR, que é quem tem uma base de dados que permite comparar vários indicadores, que à luz dos indicadores conhecidos ao dia de hoje o risco aumenta em cerca de 40% relativamente a 2022. A própria União Europeia já veio sensibilizar os países do mediterrâneo, [alertando] que os riscos este ano, comparativamente aos anos anteriores, são superiores", afirmou José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, em declarações aos jornalistas, após uma reunião com a GNR, em Monte Redondo,Leiria, esta terça-feira. 

“A GNR está neste momento no terreno em todo o país a sensibilizar as autarquias e os proprietários para a necessidade de proceder às limpezas previstas na lei relativas à segurança do edificado", continuou, defendendo que "todas as áreas circundantes às habitações que devem ser objeto de limpeza". 

José Luís Carneiro disse ainda que "em 2022, a União Europeia teve mais de 60% dos incêndios rurais e florestais". 

"No verão, quando somos confrontados com os incêndios, todos temos um sentimento que os meios são sempre limitados para o conjunto das necessidades do país. A GNR avançou com a campanha de sensibilização em fevereiro por todo o país, um trabalho de muito valor, que tem vindo a permitir maior conhecimento e maior capacidade para antever os riscos. Este é um dever coletivo", insistiu. 

Por sua vez, Rui Teixeira, sargento-ajudante da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), disse que recorrendo à plataforma que a GNR tem, é possível verificar quais são os locais críticos "que dão incidência dos incêndios rurais desde 2020 até agora". 

"Estamos com mais severidade a norte do país – Viana do Castelo e interior do Porto. Temos mais ignições em Montalegre e Vila Real, o que é já um histórico nesta fase do ano", referiu, dizendo que "na carta de retorno, os 528.926 hectares ardidos em 2017 já estão com um nível muito alto de exposição". 

"Seria fundamental o país garantir a resiliência dos aglomerados populacionais através da execução da rede secundária, já que 85% das ocorrências, das 10.958 de 2022, ocorreram a menos de 500 metros de infraestruturas, sejam ocupadas por pessoas ou ambiente empresarial", explicou. 

"Arderam mais de 69% em toda a União Europeia. Os riscos ultrapassaram todos os níveis: 30% de humidade, 30% de ventos, 30% de temperaturas", frisou novamente o ministro.