O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que as tropas russas estão a conseguir alcançar os objetivos traçados na invasão à Ucrânia, elogiando os seus soldados como "verdadeiros heróis". Para Putin, russos e ucranianos “são um só povo”, mas indica que a Ucrânia está a usar os seus civis como "escudos humanos", sendo "vítimas de lavagem cerebral".
Na declaração ao Conselho de Segurança, no Kremlin, o Presidente russo indicou que muitos civis se têm juntado às tropas russas para lutar, ao considerar os militares como "heróis", tendo como exemplo um soldado que preferiu fazer-se explodir com uma granada para evitar ser capturado pelos ucranianos, que, segundo Putin, estão a "torturar" os soldados russos.
Para Vladimir Putin, os ucranianos e os russos são "um só povo", mas que a população da Ucrânia está a ser "ameaçada e vítima de lavagem cerebral", estando ainda assustada pela "propaganda" de Kiev. Deste modo, o objetivo de Moscovo é "combater os neonazis e nacionalistas", afirmou Putin, referindo-se aos ucranianos.
O Presidente russo também assegurou que a Ucrânia está a usar "escudos humanos" para se defender e que são "brutais" com as "populações locais", acrescentando que as famílias dos soldados russos feridos vão receber compensações monetárias por parte do governo da Rússia.
Quanto à "operação militar" que decorre na Ucrânia – Putin proíbe a designação de guerra ou invasão -, o chefe de Estado russo afirmou que está a seguir como planeado: “Todos os objetivos traçados estão a ser alcançados com sucesso”.
Ao contrário do que a Ucrânia tem dito, Putin afirma que as forças russas têm organizado corredores humanitários para a fuga de civis e que os "nacionalistas" ucranianos os estão a bloquear.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já causaram mais de um milhão de refugiados, que fugiram para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
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