Chamas em Odemira já chegaram ao território de Monchique no Algarve

Chamas em Odemira já chegaram ao território de Monchique no Algarve


O trânsito na ER266 foi cortado pelas 20h entre a localidade Nave Redonda, no concelho de Odemira, e perto da vila de Monchique, já no Algarve. Estão mais de 500 operacionais e 170 veículos a combater as chamas. 


 

Notícia atualizada às 22h35

O incêndio que lavra no concelho de Odemira já obrigou a GNR a cortar o trânsito na Estrada Nacional 266 (EN 266) e está a envolver cerca de 518 operacionais no combate às chamas, numa altura que já entrou em Monchique, que pertence ao distrito de Faro. 

O trânsito na EN266 foi cortado pelas 20h entre a localidade Nave Redonda, no concelho de Odemira, e perto da vila de Monchique, já no Algarve, afirmou uma fonte da GNR à agência Lusa.

Pelas 21h30, as chamas já estavam a "consumir no território do concelho de Monchique", no distrito de Faro, confirmou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ao mesmo órgão de comunicação social. 

De acordo com as informações no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 22h35, estavam envolvidos 518 operacionais, apoiados por 177 veículos, sem recorrer aos meios aéreos.

"É um incêndio com progressão rápida, tem combustível disponível, fruto da secura, sobretudo dos combustíveis finos", e a sua propagação "é potenciada pelo fator vento, que está alinhado com a difícil topografia", assinalou a fonte da ANEPC.

Se continuar assim, o incêndio "tem todas as condições para progredir com rapidez", ao dizer que a frente de fogo "andará próxima das localidades de Cansino, Foz do Açor e Foz dos Currais".

Já foram enviados meios para pré-posicionamento, de forma a tentar antecipar “qualquer necessidade” em caso de proteção de populações, “uma vez que o incêndio tem esta trajetória e por isso é possível que possa atingir estas localidades", notou.

Até ao momento, as chamas causaram um ferido grave, um civil de 20 anos que sofreu queimaduras e foi levado para o hospital, e ainda um bombeiro, que foi assistido no local por ter sofrido uma entorse, confirma a fonte.

"Este civil foi inicialmente considerado ferido leve e, depois da intervenção da viatura médica, foi reclassificado para ferido grave, porque inspirou ar muito quente e tem que ser avaliado do ponto de vista das vias aéreas e estamos a falar de uma área queimada considerável", explicou a fonte da ANEPC.

Ao longo da tarde, foram retiradas “por precaução” 17 pessoas de montes e casas dispersas, de primeira e segunda habitação. Porém, nenhuma aldeia foi evacuada em Odemira, apontou a fonte da GNR.

Foi enviado o alerta para o incêndio que se deflagrou em João Martins, na freguesia de Sabóia, no concelho de Odemira, pelas 13h14. Está a consumir mato e povoamento florestal misto, essencialmente sobreiros, pinheiros e eucaliptos.