Portugal, Lituânia e Malta. São estes os três países da União Europeia que ainda não têm qualquer oferta comercial 5G, de acordo com o último relatório trimestral do Observatório Europeu do 5G, deixando assim claro que o nosso país está atrasado no lançamento desta rede. Os atrasos são justificados pela pandemia – continua a decorrer o longo leilão para atribuição de frequências – mas também pelas várias polémicas entre o regulador Anacom e as várias operadoras – Altice, NOS e Vodafone – que nem sempre se mostraram satisfeitas com os trâmites do processo.
A tecnologia 5G é importante para o país mas afinal o que representa? «É a próxima geração de comunicações móveis, e será implementado ao longo dos próximos cinco a seis anos, cada vez com maiores capacidades», começa por explicar ao Nascer do SOL, Rui Luís Aguiar, professor da Universidade de Aveiro e investigador do Instituto de Telecomunicações. «Neste primeiro momento, o 5G será essencialmente um 4G com velocidades de acesso mais rápidas (10 vezes), mas vai gradualmente trazer capacidades de controlo de dispositivos (sensores/ atuadores), serviços interativos mais responsivos, e melhor confiabilidade para comunicações criticas», acrescenta.