Le Pen deixa critica ao governo por avançar com políticas para atrair franceses

Le Pen deixa critica ao governo por avançar com políticas para atrair franceses


A líder de extrema-direita diz que tal “não é bom”


Marine Le Pen teceu várias críticas ao governo português devido às condições criadas de forma a atrair mais franceses para o país. “Portugal baixou massivamente os seus impostos para atrais idosos [franceses], isso não é bom”, afirmou Le Pen no programa da RTP ‘Europa Nossa’.

“Estamos a criar uma Europa de todos contra todos. Criamos condições de grande concorrência interna entre os países (…). Não é a Europa que queremos. Queremos uma Europa da fraternidade, da cooperação entre as nações, esta espécie de super-estrutura que é a União Europeia impõe todos os defeitos do liberalismo e ao mesmo tempo todos os defeitos do socialismo”, explicou a líder da União Nacional.

Le Pen defende que a União Europeia é “totalitária”, sendo que em contrapartida deveria desaparecer em “benefício de uma Aliança Europeia de Nações, que possa construir-se em torno de projetos com nações que queiram participar, não de nações forçadas a participar”.

A líder extrema-direita francesa falou também sobre a situação dos “coletes amarelos” – que protestam em França contra o aumento dos combustíveis – afirmando que apoia “totalmente desde o princípio” este movimento. “Porque pagamos muitos impostos, porque estamos esmagados pelos impostos, porque é preciso financiar a imigração, porque é preciso financiar a União Europeia, isso custa milhões, onde vão buscar isso: aos bolsos dos franceses?”, questiona Le Pen.

Quanto às próximas eleições europeias, a líder da União Nacional acredita que o próximo Parlamento Europeu irá ser composto por mais membros eurocéticos.

Quanto à proposta que visava retirar a França da União Europia, Le Pen não concorda, para já. “Agora não, porque hoje temos a possibilidade de mudar fundamentalmente a União Europeia a partir de dentro. É uma oportunidade extraordinária graças a todos os povos da Europa, que estão a escolher líderes na Polónia, Hungria, Itália com uma visão próxima da nossa. Não somos mais obrigados a escolher entre sair ou submetermo-nos à União Europeia, temos outra possibilidade. E isso é entusiasmante”.

Sendo assim, a líder da extrema-direita francesa propõe que deve ser formada uma aliança a vários líderes europeus que partilhem as suas visões: “Atualmente, com a Liga de Matteo Salvini, a FPE [austríaca] de Strache, os amigos sérvios, os amigos polacos, flamengos, vamos alargar esta aliança, para tentar construir o maior grupo político”, defende.