As autoridades judiciais espanholas terão encontrado provas de que Conde “repatriou”, a partir da Suíça e de Inglaterra, 14 milhões de euros que desviou do Banesto no final dos anos 80 e princípio dos anos 90. Além de Mario Conde, foram detidas mais 13 pessoas, entre as quais os seus dois filhos, suspeitos de o ajudar na repatriação de capitais. A ocultação e depois o “repatriamento” de capitais terão sido feitos através de uma rede complexa de sociedades, com vendas fictícias, empréstimos e aumentos de capital entre elas, e recorrendo a ‘testas-de-ferro (entre os quais os filhos).
O caso Banesto/Mario Conde remonta a 1993, em que foi detido e responsabilizado por crimes de falsificação, desvio de dinheiro e gestão danosa, de que resultou um ‘buraco’ de 2,7 mil milhões de euros no banco, que obrigou o Banco de Espanha a intervir. Os tribunais condenaram o banqueiro a 20 anos de prisão, dos quais apenas cumpriu metade, tendo saído em 2005. Na sentença, segundo recorda o El País, os juízes concluíram que Mario Conde estava na posse e não tinha revelado o destino de largos milhões de euros que desviara do Banesto.
Um dos 13 detidos, segundo noticia por seu turno o El Mundo, é o genro de Mario Conde, Fernando Guash Veja-Penichet – que é diretor geral da representação em Espanha do Caixa Banco de Investimento (Caixa BI), da Caixa Geral de Depósitos.