“João Galamba tem de sair já” e Costa tem de se explicar ao país, diz Ventura

“João Galamba tem de sair já” e Costa tem de se explicar ao país, diz Ventura


Referências à intervenção do primeiro-ministro serão “autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no STJ”.


O líder do Chega considera, em reação às buscas e detenções no âmbito da investigação dos negócios do lítio, que é essencial apurar a relação entre o primeiro-ministro e Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária, chefe do seu gabinete.

"É uma operação muito grave, é um negócio que envolve muitos milhões e que parece chegar próximo do centro de poder", afirmou André Ventura, em declarações à SIC Notícias.

Ventura aproveitou ainda para reiterar ao atual ministro das Infraestruturas, defendendo que "há uma coisa que tem de se fazer já: João Galamba tem de sair já”.

Para o líder do Chega o primeiro-ministro tem de “evidentemente”, dar explicações" sobre o caso e lembrou que Galamba “foi uma escolha pessoal”.

Sublinhe-se que o ministro das Infraestruturas foi constituído arguido no âmbito deste processo, assim como o Presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente.

No decurso das investigações foi também detetada a invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos nos negócios de lítio e hidrogénio.

Segundo uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as referências que envolvem o primeiro-ministro “serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”.

No âmbito da operação foram detidas cinco pessoas, “por se verificarem os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”.

Assim, o Ministério Público emitiu mandados de detenção fora de flagrante delito do chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária; do presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas de dois administradores da sociedade “Start Campus” e do consultor contratado por esta sociedade, Diogo Lacerda Machado, amigo próximo do primeiro-ministro.