EUA. Autor de tiroteio já tinha sido detido por ameaça de bomba

EUA. Autor de tiroteio já tinha sido detido por ameaça de bomba


Anderson Lee Aldrich foi ainda identificado como neto de um congressista norte-americano.


Depois de ter sido imobilizado por clientes da Club Q, discoteca LGBTQ onde, na noite de domingo, aconteceu um tiroteio que fez pelo menos cinco vítimas, o autor deste ataque foi identificado como Anderson Lee Aldrich, de 22 anos, que no passado já tinha sido ligado a um caso de ameaça com uma bomba e é neto de um congressista.

Segundo o chefe de polícia de Colorado Springs, Adrian Vasquez, o suspeito terá entrado no clube noturno armado com uma espingarda semiautomática do tipo AR-15 e começou imediatamente a disparar sobre os clientes deste espaço.
Aldrich terá sido imobilizado por dois clientes do Club Q que impediram que este fizesse ainda mais vítimas. 

“Pelo menos duas pessoas heroicas dentro do clube confrontaram e lutaram com o suspeito e conseguiram impedir que o suspeito continuasse a matar e ferir outras pessoas”, disse o chefe da polícia.

O autor do tiroteio, que, entretanto, foi detido, é neto do político de longa data do condado de East, Randy Voepel, afirmam os meios de comunicação locais. No ano passado, Voepel foi alvo de críticas por ter comparado a invasão de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos Estados Unidos à Guerra Revolucionária Americana, apesar de, uns dias depois, ter afirmado que estes comentários foram “mal interpretados”, afirmando que não pretendia glorificar o ataque, acrescentando ainda que estas ações foram “vergonhosas”.

Aldrich foi detido em junho de 2021 por estar envolvido numa ameaça de bomba que levou a um impasse na casa da sua mãe. Segundo as autoridades, responderam a um pedido da mãe do suspeito que estava a “ameaçar feri-la com uma bomba caseira, múltiplas armas e munição”, pode ler-se na CNN.

Perante os acontecimentos nesta discoteca, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu ao tiroteio afirmando que o país “não pode nem deve tolerar ódio”.

“Não há, por enquanto, qualquer motivo claro para este ataque, mas nós sabemos que a comunidade LGBTQI era o alvo nestes últimos anos de uma aterradora violência de ódio”, declarou Biden, citado num comunicado, onde voltou a apelar para que se “faça mais” para regular o porte de armas de fogo nos Estados Unidos, num ano em que já se registaram, até ao momento, 39 445 mortes devido à violência armada.