Álcool. A cruzada contra o cancro pode estampar-se nos rótulos

Álcool. A cruzada contra o cancro pode estampar-se nos rótulos


Hoje é um dia que pode mudar a forma como vamos olhar para as garrafas de bebidas alcoólicas, que podem começar a trazer informações sobre riscos cancerígenos. A medida – que causa grande discórdia – vai hoje a discussão no Parlamento Europeu e os responsáveis do setor estão de cabelos em pé. Garantem que não há evidências e…


Por Daniela Soares Ferreira e José Miguel Pires

Já imaginou comprar uma bebida alcoólica e ser confrontado com uma mensagem – ou uma imagem – que lhe diz que tem riscos para a saúde, tal como acontece com os maços de tabaco? A verdade é que isso pode vir a acontecer em breve.

O Parlamento Europeu debate esta terça-feira essa possibilidade que surge depois de ter aprovado um relatório da sua comissão especial para a luta contra o cancro – BECA – que diz que não há nível “seguro” de consumo de álcool e que até uma gota pode ser considerada cancerígena. Este é, aliás, um alerta que também já tinha sido dado pela Organização Mundial de Saúde.

Vantagens na saúde e não só Sara Cerdas é eurodeputada socialista e vice-presidente da Comissão Especial de Combate ao Cancro, e não lhe sobram dúvidas sobre a relevância das propostas que vão hoje a votos no plenário europeu: o consumo de álcool em qualquer medida tem uma associação causal como fator de risco de cancro.

“De notar que este é um relatório que se foca especificamente no cancro, e quanto maior for o consumo de álcool maior será a probabilidade de vir a ter cancro”, explica a eurodeputada socialista ao i, contrariando aqueles que argumentam que o consumo moderado de bebidas alcoólicas não apresenta perigos para a saúde.

“Não há uma dose segura de ingestão de álcool e este consumo, independentemente da dose, é prejudicial para a saúde”, defende Sara Cerdas, até porque “foi essa a conclusão vertida no relatório que será votado em plenário”. Além das vantagens do ponto de vista da saúde, a eurodeputada realça ainda que “em termos económicos a prevenção é a estratégia mais custo-efetivo, permitindo diminuir a carga da doença e os impactos orçamentais subsequentes, principalmente considerando os elevados custos associados ao cancro”.

Confrontada com o facto de, já desde 2014 existirem as denominadas ‘Health warning labels’ nos maços de tabaco – faixas de texto que alertam os consumidores para os efeitos malignos do tabaco na saúde – e do alegado falhanço desta estratégia em fazer as populações deixar de fumar, Sara Cerdas discorda, citando “informações veiculadas pela OMS” para garantir que as ‘Health warning labels’ “provaram ser eficazes”. 

“No caso específico do consumo de álcool, os estudos mais recentes referem que na região Europeia cerca de 181 000 ou 4,1% dos novos casos de cancro em 2020, foram atribuídos ao consumo de álcool. A introdução de ‘Health warning labels’ que informem os consumidores de bebidas alcoólicas sobre os malefícios do álcool contribuirão para a sua literacia em saúde”, garante Cerdas, defendendo que estas ferramentas “capacitam os cidadãos a tomarem decisões mais saudáveis relativamente aos seus estilos de vida”. 

Ao i, a eurodeputada socialista aproveita ainda para deixar um esclarecimento: “Não se propõe explicitamente o uso de ‘imagens chocantes’ (tal como nos maços de tabaco), referindo-se apenas a necessidade de advertir os consumidores dos riscos que são hoje conhecidos e que advêm do consumo de álcool e a sua relação com o cancro”.

‘Medida fundamentalista sem fundamento científico’ A notícia não caiu bem junto de quem trabalha com bebidas alcoólicas e a primeira a mostrar a sua posição foi a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) que já se reuniu com a OMS para explicar que o vinho não é prejudicial. “A OIV sempre incentivou o consumo responsável e publicou vários trabalhos de pesquisa sobre os efeitos do consumo moderado do vinho na saúde”, explica a organização. E acrescenta: “Para promovermos um modo de vida saudável, a cooperação entre as organizações deve ser crucial. Precisamos promover um espaço de participação totalmente transparente”. 

Por cá, a possibilidade de esta medida vir a ser uma realidade também não foi vista com bons olhos e a VINI – Vinhos de Portugal até enviou uma carta – a que o i teve acesso – a pedir o apoio dos eurodeputados portugueses. Garantindo que “alguns aspetos deste relatório danificam de forma gravosa a imagem e prestígio do setor vitivinícola a nível nacional e europeu”, a VINI acrescenta que “a cultura do vinho faz parte dos nossos valores enquanto europeus, é uma bebida inserida na dieta mediterrânica”, e que, por isso, a aprovação deste relatório tal como está “irá danificar todo o trabalho que este setor tem feito ao longo dos últimos anos”.

Preocupação espelhada no documento e que foi passada também ao i pelo seu presidente, Frederico Falcão. “Vemos isto como uma grande preocupação”, começa por dizer. O responsável não tem dúvidas que esta é “uma medida fundamentalista de alguns fundamentalistas anti-álcool da OMS que não consideram os estudos, as evidências científicas que há hoje em dia sobre o consumo moderado de vinho e nos relatórios em vez de distinguirem que o consumo moderado, que tem benefícios para a saúde, que está ligado à dieta mediterrânica e que tem centenas de estudos a falar dos benefícios, em vez de considerarem o consumo moderado falam no consumo per si e isso está errado”.

Posto isto, o responsável defende alterações e garante que o relatório deve “forcar-se sim no consumo abusivo do vinho”. Até porque este tipo de consumo “todos sabemos que é perigoso, que traz vários riscos à saúde, provoca vários cancros, etc. Mas o consumo moderado não”.

E garante que “não há nenhuma evidência, não há nenhum estudo que o comprove”. Portanto, diz ser “um erro” que se ataque o consumo per si “e estar a atacar um setor todo quando se devia estar a atacar o consumo abusivo de vinho”. 
Frederico Falcão lamenta ainda que a passar o documento da forma como está escrito “vai trazer graves consequências para o setor onde, estranhamente, não há nenhuma evidência científica que prove que o consumo moderado tem os problemas todos que estão a querer fazer passar”.

E se a VINI está preocupada, os produtores também o estão, garante. Por isso, a proposta “é que o relatório seja aprovado mas que seja para o consumo de bebidas alcoólicas só como consumo abusivo e não como consumo per si”.
Medida que poderá trazer “problemas em termos de taxação de produto, de rotulagem, de restrições até à própria produção dos vinhos. Isto não faz qualquer sentido. É uma medida fundamentalista sem evidência científica”, finaliza, lembrando que pode vir também a afetar o consumo porque a medida trará consequências “que vêm a seguir em termos de legislação europeia que pode vir pôr impostos e taxas sobre o vinho, pode vir a pôr restrições em termos de consumo e trazer obrigatoriedades de rotulagem que podem assustar as pessoas porque são levadas ao engano ao pensar que o consumo moderado tem problemas para a saúde quando não tem”.

‘Não tem pés nem cabeça’ Do lado da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, não há dúvidas que “todo o setor dos vinhos está indignado com esta situação porque, de facto, não há nenhum fundamento objetivo”. As palavras são de Arlindo Cunha presidente desta CVR que é duro nas palavras: “Isto é uma violência, é um ato sem justificação, não tem a mais pequena razão de ser”, atira, lembrando que se tem defendido que o vinho, tal como muitos outros produtos, “tem de ser consumidos com moderação e, portanto, as pessoas têm que fazer as suas escolhas”.

E continua: “Associar o vinho, pura e simplesmente, a efeitos cancerígenos, é uma coisa que nos parece um ato de irresponsabilidade porque a questão não está provada, está longe de ser consensual e, aliás, o vinho, por outro lado, ao contrário do tabaco, faz bem a outros aspetos da saúde, designadamente, como sabemos, por causa dos polifenóis”, disse, mostrando-se muito confiante de que “os deputados europeus não vão, obviamente, aceitar isso”.

Mas, havendo a possibilidade de ser aprovado – porque a há – seria “um grande golpe” para o setor. Um cenário no qual, diz, não quer pensar. 

Lembrando que este setor exporta quase mil milhões de euros por ano de produto “genuinamente nacional”, Arlindo Cunha acrescenta ainda que “é dos setores mais competitivos e dinâmicos da nossa agricultura e da nossa economia”. Por isso, finaliza com certezas: “Estamos perante uma tentativa de legislação que não tem pés nem cabeça e é absolutamente irresponsável”. 

A opinião não é muito diferente da do colega Francisco Mateus, presidente da CVR Alentejo que diz ao i que esta medida coloca o vinho “como um produto que não deve ser consumido porque é negativo para a saúde”. Por isso é “drástica, excessiva e não tem em conta todo o contexto cultural em que o vinho está integrado”.

Garante que não é uma medida que se possa “ver com satisfação”, lembrando que este setor em Portugal “tem dado passos grandes no sentido de promover o consumo moderado de vinho e, portanto, olhamos para estas iniciativas com muita preocupação e na expectativa que haja bom senso da parte de quem toma estas medidas e que elas não sejam tratadas assim sem se prever o impacto negativo que pode trazer para Portugal e para todos os países onde a produção de vinho tem um impacto cultural muito grande”. 

Não há dúvidas, nas suas palavras que, a ser aprovada, é quase como “dar um toque de morte a um setor com todos os impactos que isso depois tem”. 

Em números, diz, na Europa, o consumo de vinho, cresceu em 20 anos cerca de 30%. Defende sempre o consumo moderado, claro, até porque esse é “o caminho certo”. “Um caminho de educação, de demonstrar às pessoas as consequências que pode ter. Estarmos a avançar aqui com estas medidas drásticas, acho que isto, muito possivelmente o que vai fazer é trilhar caminhos alternativos, provavelmente até ilegais, no sentido de haver produção, comércio, que é feito por caminhos ilegais e isso também não é bom”, alerta.

Mas não vê que a medida possa diminuir drasticamente o consumo de vinho mas há riscos. E lembra a importância da “educação”. “A educação, acima de tudo, é a peça essencial para as pessoas fazerem a sua escolha de forma consciente porque sabemos que quando vamos à rua o risco de sermos atropelados também existe. Não vivemos num mundo de risco zero. Acho que são medidas draconianas e não acredito que seja por aqui que as coisas possam ter menor consumo”.

E lamenta colocar-se o vinho “quase como um produto que não deve ser consumido”, questionando os problemas que terá no futuro. “Imagine se esta medida sair e se daqui a 10 anos se der uma redução da área que existe na Europa. Estamos a olhar para um futuro em que o vinho deixou de existir? Estamos a olhar para o vinho como um produto em que só as pessoas ricas é que podem consumir? Estamos a tornar o vinho num produto em que é vedado o consumo ao cidadão normal? Acho que são caminhos que não devemos tomar. Prefiro apostar na educação, no discernimento das pessoas”, finaliza Francisco Mateus.

A opinião acaba por ser um ponto comum a muitos representantes do setor. Hugo Fonseca, diretor de produção da Quinta da Pacheca, diz que esta “vai ser uma questão muito complicada”. 

Claro que o consumo de vinho em excesso traz problemas mas o moderado não. O moderado, garante, até “tem alguma mais valia mesmo ao nível da saúde, como é o caso dos vinhos tintos com a parte dos polifenóis e a parte de antioxidantes”.

Assim, diz ao i, o importante é “continuar a insistir nas campanhas de beber com moderação”. E diz que não se deveria entrar na questão de o vinho ser prejudicial porque, quando bebido com moderação, “não é verdade e a questão de generalizar seria um duro golpe no setor”.

O responsável lembra que o vinho é um produto secular que está muito ligado à cultura de vários países. Não só de Portugal mas também de outros como França, Alemanha, Itália ou Espanha. “Acho que se deve é fazer uma aposta não tanto em associarmos o vinho a problemas mas sim associarmos o vinho a ter que ser consumido com moderação. E isso acho que a aposta, sobretudo, deve ser feita por aí”. 

Hugo Fonseca não tem dúvidas que, para o setor, a medida “ia acabar por ser problemática ao nível de imagem. Possivelmente também ao nível a refletir-se depois na parte comercial onde acho que também há outros fatores extremamente positivos que o vinho tem e que iriam ficar para segundo plano”. Portanto, “prevenção é a parte mais importante a apostar”.

O responsável acredita que esta situação não mexerá muito com a quantidade de produto comercializado mas sim com a colocação do produto no mercado. “O vinho é um produto para a mesa, para acompanhar um bom prato. Já está num patamar que não é por si só uma bebida alcoólica, tem uma parte cultural extremamente importante. Se fizermos uma análise, cada país tem a sua gastronomia e depois os vinhos também estão muito direcionados para a sua própria gastronomia. Há uma parte tradicional, cultural, que está muito associada ao produto em si”, defende.

Com moderação, há ‘efeitos positivos’ Primeiro é preciso lembrar que “o equilíbrio alimentar é fundamental para a boa saúde e, como tal, todas as entidades envolvidas – dos decisores políticos às autoridades de Saúde; dos produtores aos consumidores – são hoje unânimes em reconhecer que o consumo de alimentos e bebidas deve ser feito de forma responsável e moderada”. Quem o diz é Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) ao i lembrando o programa Wine in Moderation.

O responsável é claro: “O consumo em excesso – seja de álcool, de açúcar, de gorduras ou de conservantes e corantes, entre outros – é nocivo e tem um impacto claro na qualidade da Saúde Pública”. Mas há o outro lado da moeda. E, por isso, Luís Mira diz que “os esforços dos reguladores devem ir no sentido de promover um consumo moderado, ao invés de se limitarem a discriminar negativamente produtos sem uma sustentação científica evidente”. 

O responsável atira ainda: “Medidas como aquelas que estão atualmente em discussão tendem a impor, de forma acrítica, uma visão ideológica – higienizada e sanitarista – da sociedade, que retira aos consumidores a sua capacidade de tomada de decisão e de escolha”. E garante que, ao mesmo tempo, não diferenciam entre “o consumo de uma gota de vinho ou de uma pipa de vinho – o que é, naturalmente, muito diferente em termos dos riscos para a saúde”.

Recorda que, no caso do vinho, são muitos os estudos que, ao longo das últimas décadas, têm apontado para os efeitos positivos na saúde do seu consumo com moderação, “incluindo uma expectativa de vida mais longa e a redução de problemas cardiovasculares”. 

E é por todas estas razões que a CAP “apela a que impere o bom senso e que o foco dos legisladores esteja na criação de políticas públicas sustentadas, de facto, em conhecimento e a evidência científica, e que promovam hábitos de consumo saudáveis e moderados”.

O i contactou a Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV) para obter uma reação, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.

Espirituosas apontam para excessos Quem também não vê com bons olhos estas propostas é João Vargas, Secretário-Geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE). “A grande questão para nós está na excessiva, e não baseada na ciência, presunção de que consumo de álcool é sinónimo de cancro. É necessária mais pesquisa e investigação para melhor perceber a relação entre consumo de álcool e os diferentes tipos de cancro, especialmente quando a evidência demostrada até hoje é inconclusiva e, aparentemente, sem levar em conta outras variáveis potenciadoras de cancro”, defende, acusando este Plano Europeu de não distinguir consumo excessivo e abusivo de consumo moderado e responsável.

“Como se beber um copo de gin ou uma ginjinha responsavel e moderadamente fosse sinónimo de cancro”, ironiza João Vargas. Mais, o secretário-geral da ANEBE defende que o setor tem sido ‘exemplar’, “tanto criando ações de promoção do consumo responsável e inteligente do álcool, como através da informação dos riscos do álcool na nossa rotulagem e site de consumo responsável”.

João Vargas não se mostrou, ainda assim, preocupado com os efetios comerciais desta medida, caso entre em vigor. “Essa questão não tem muito impacto na nossa categoria e setor. Primeiro, porque em vários países europeus já existe esse tipo de restrições e, segundo, não é tradição as nossas empresas estarem associadas a patrocínios e naming de eventos, em particular desportivos”, conclui.

Patrocínios na dúvida Além dos denominados ‘Health warning labels’, as propostas que vão hoje ser debatidas no Parlamento Europeu preveem também grandes restrições nos patrocínios que as marcas de bebidas alcoólicas podem fazer de eventos desportivos, e de entidades do mundo do desporto como um todo.

Uma realidade semelhante ao que já aconteceu quando, oficialmente em 2010, os icónicos espaços publicitários nos carros de Fórmula 1 ocupados pela Marlboro, uma das marcas mais famosas do mundo de tabaco, foram substituídos por outras publicidades, devido à proibição de anúncios a marcas de tabaco. 

Um pouco por toda a Europa as marcas de bebidas alcoólicas são principais patrocinadoras de equipas e campeonatos desportivos, começando por Portugal, onde a Sagres, uma das maiores marcas a nível nacional de cerveja, patrocina oficialmente a seleção nacional. Um patrocínio que poderá, agora, ficar em causa, caso estas recomendações venham a ser aprovadas no Parlamento Europeu.

Consumidores curiosos O i conversou com alguns consumidores de bebidas alcoólicas para tentar perceber qual seria o impacto destas mudanças nos rótulos das garrafas nos seus hábitos de consumo, e as respostas variam. Nuno Monteiro confessa ao i achar que, se as garrafas de vinho incluíssem informação sobre os seus possíveis efeitos negativos na sua saúde, este dado poderia levá-lo a diminuir o consumo, e acha que seria uma medida importante, porque “sensibiliza as pessoas aos malefícios do álcool”.

Sobre a eventual inclusão de imagens como as dos maços de tabaco, Monteiro, ainda assim, mostra-se contra. “Acho que faz sentido por imagens não ‘tão horríveis como as dos maços do tabaco (cujo objetivo é deixar de fumar, cortar no vício) mas sim imagens que sensibilizem ao controlo e redução do consumo. Tem mais sentido a informação e sensibilização do que propriamente propagar o medo com eventuais acidentes e doenças”, garante o jovem.

Ao i, por sua vez, Pedro Marques, estudante de 21 anos na Universidade de Coimbra, afastou a hipótese de a inclusão destes ‘Health warning labels’ virem a fazê-lo diminuir o consumo. “Da mesma maneira que as imagens dos maços tabaco não fazem as pessoas parar de fumar. nas garrafas de vinho iria ser a mesma coisa. Até porque, ao contrário do tabaco, o vinho tem aspetos benéficos”, diz o estudante, que garante não pensar nos efeitos nocivos que o consumo de vinho poderá ter “enquanto consumidor esporádico”. Por outro lado, o que lhe passa sim pela cabeça é “a presença de vitamina

E em alguns tipos de vinho, como, por exemplo, vinho que esteve em contacto com madeira funciona como antioxidante”. “Assim sendo, em quantidades moderadas, o consumo de vinho pode até prevenir o aparecimento dos casos desse tipo de doenças”, defende, desdramatizando os argumentos do relatório que estará hoje no plenário europeu.

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