PS. Congresso em julho avaliado e conforme a pandemia da covid-19

PS. Congresso em julho avaliado e conforme a pandemia da covid-19


Ainda não está marcada a reunião magna dos socialistas, que esteve prevista para maio de 2020.


Os socialistas ainda não remarcaram o seu congresso estatutário, inicialmente agendado para maio de 2020, e adiado sine die no ano passado. A nova versão em estudo, apurou o i, será em julho, mas ainda estão a ser avaliadas datas e soluções. Tudo depende da evolução da pandemia da covid-19. Segundo avançou o Observador a solução passará por dividir a reunião magna dos socialistas em dez locais. Porém, nem esta medida está fechada. Ora, se esta versão em análise vingar, o primeiro-ministro e secretário-geral dos socialistas, António Costa, irá a votos já longe do rescaldo das eleições presidenciais, mas de olhos postos nas eleições autárquicas.

Ainda assim, o artigo de opinião de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, e dirigente, no Público fez mossa no partido e levantou a velha questão interna no partido de um PS mais à esquerda ou ao centro. Pedro Nuno Santos foi bastante duro com António Costa, sem o nomear (mas apontando à direção) pelo PS não ter apoiado formalmente um candidato presidencial. Isto é, Ana Gomes. Mais, acusou a direção do partido de ter contribuído, ainda que “involuntariamente”, para a afirmação política de André Ventura. O artigo, que só foi, até agora, acompanhado por Duarte Cordeiro (num curto comentário ao Público) serviu para Rui Rio, líder do PSD, atirar mais achas para a fogueira ao principal adversário político: António Costa. “Face à derrota eleitoral do PS, por falta de comparência, o Ministro das Infraestruturas crítica em público a estratégia do seu Primeiro Ministro. O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares está do lado do Ministro e discorda do chefe do Governo a que ambos pertencem”, escreveu no Twitter.

O antigo ministro e ex-militante do PS Paulo Pedroso manifestou-se ontem contra a ideia de um governo de unidade nacional. “A direita ampla clama por um governo do velho arco da governação, fazendo de conta que é de unidade nacional. Portugal precisa na crise em que está – e na que aí vem – de um bom governo, com visão estratégica e capacidade operacional, não de um governo à direita do atual”, escreveu na mesma rede social.