Mudam-se os tempos, mudam-se as praxes. Em tempos de pandemia, esta tradição académica teve de ser reequacionada nas universidades um pouco por todo o país.
Em Lisboa, o Instituto Superior Técnico (IST), com campus na Alameda e no TagusPark, em Oeiras, encontrou um compromisso entre a vontade de continuar e o dever de garantir a segurança de todos: a praxe online.
“A minha primeira reação foi: “Como é que dá para fazer praxes online?”. Não conseguia ter ideia nenhuma de como seria, mas fiquei curiosa. Pensei que ia dar para conhecer pessoas na mesma”, conta Natacha Maurício, 18 anos, caloira do curso de Engenharia do Ambiente.
A tomada de decisão sobre se a praxe deveria ser interrompida ou não caberia ao Magno Conselho da Praxe (MCP), composto por representantes de todos os cursos, que no início da pandemia, em março, decidiu suspender todas as atividades.
Henrique Paz, estudante de Engenharia Mecânica e desde setembro dux-veteranorum, explica que rapidamente foi encontrada uma solução: “Começámos a perceber que havia a possibilidade de fazer algumas coisas com os caloiros no Zoom que, na altura, chegou e tomou conta de tudo. Havia de ser muito diferente, mas alguma coisa havia de dar e nós achámos que isso seria melhor do que não fazer nada. Mais vale a comunidade poder fazer alguma coisa e poder ter a oportunidade de se reinventar e continuar a manter a tradição neste ambiente de espírito académico”, considera.
No Instituto Superior Técnico cada curso tem uma Comissão de Praxe, que está encarregue de organizar e supervisionar as festividades. “Tivemos só de reinventar um pouco a praxe que nós conhecíamos e tentar mudar os moldes do que antes era feito”, explica Carolina Teixeira, 20 anos, presidente da Comissão de Praxe do curso de Engenharia Mecânica, e mais conhecida por “Mentol”, como prefere até que lhe chamem.
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