Hotelaria satisfeita com novas medidas de lay off

Hotelaria satisfeita com novas medidas de lay off


Ainda assim, Associação da Hotelaria de Portugal defende que os reembolsos dos financiamentos terão de ser alargados para cerca de três anos. Medida vai ser proposta ao Governo.


A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aplaudiu esta terça-feira as medidas apresentadas pelo Governo, considerando que as últimas regras de lay off são adequadas ao setor.

“A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal está satisfeita com as medidas apresentadas pelo Governo, sobretudo com a aprovação do Decreto-Lei n.º 10-G/2020 que veio esclarecer as condições de acesso das empresas e os procedimentos que devem ser adotados quando aplicadas as medidas excecionais e temporárias de proteção dos postos de trabalho”, explica a associação em comunicado.

A mesma nota refere que a AHP tem estado em permanente contacto com o Governo e que tem esclarecido os seus associados.

“Tanto as medidas agora anunciadas, como as alterações às medidas de lay off vêm ao encontro das propostas que têm vindo a ser apresentadas pela AHP, pelo que tranquilizam bastante os empresários do setor”, avança Raul Martins, presidente da AHP.

No entanto, o responsável apela que os pagamentos e os reembolsos às empresas sejam feitos rapidamente, estando confiante que isso aconteça. “Pela informação que dispomos, o Governo está a ter isso em consideração, sendo que os primeiros reembolsos estão previstos para 28 de abril. Todos sabemos que a situação é muito complicada para as empresas do setor, mas as respostas têm chegado e todas as nossas propostas têm sido atendidas”.

Raul Martins considera que as medidas até agora anunciadas “são correctas e ponderadas”, indo de encontro ao que é necessário “para continuar a garantir os postos de trabalho e assegurar que teremos capacidade no futuro para retomar a nossa actividade, mantendo os nossos excelentes profissionais”.

Ainda assim, a AHP mostra-se preocupada no que diz respeito ao ritmo da retoma da atividade das viagens e turismo, que considera ser “lenta e difícil”. “É, por isso, necessário alargar os prazos de reembolso das empresas quanto às linhas de apoio vigentes, permitindo-lhes vir a retomar a sua atividade em condições de honrar os seus compromissos. Assim, os reembolsos dos financiamentos terão de ser alargados para cerca de 3 anos, o que vamos propor ao Governo”, defende Raul Martins.