A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta terça-feira, que deteve duas pessoas, suspeitas de pertencer a uma associação criminosa responsável pelo furto de 320 aparelhos médicos, no valor de 65 milhões de euros. Em conferência de imprensa, Henrique Noronha, inspetor-chefe da PJ do Porto, explicou que a rede operava em grupos de “cinco a seis pessoas” e é suspeita de cometer furtos em unidades hospitalares de “20 países europeus”.
Numa primeira abordagem, a rede identificava o material que ia roubar numa consulta médica de rotina. O objetivo era, segundo o inspetor-chefe, “subtrair material médico”, principalmente aparelhos de colonoscopia e endoscopia, para depois ser enviado para a América do Sul para ser vendido no mercado negro.
Em Portugal, foram registados cinco furtos, no valor de um milhão de euros, em hospitais privados e públicos de Lisboa e Porto, segundo as autoridades. “Neste momento e no que está em investigação do furto de janeiro de 2019 num hospital de Lisboa estão detidos dois cidadãos, um do género feminino, outro do género masculino colombianos, que estavam em Madrid e que ali forma localizados e entregues às autoridades portuguesas na sequência de mandados europeus que foram emitidos", acrescentou.
Ambos os detidos foram ouvidos pelas autoridades portuguesas e ficaram em prisão preventiva.