O primeiro-ministro tailandês admitiu a possibilidade de Banguecoque deixar de ser a capital do país. Prayut Chan-o-cha revelou, ao Guardian, que a realocação da capital poderá ser uma forma de superar os desafios urbanos que a cidade enfrenta, tais como os níveis elevados de poluição, o aumento no nível da água do mar e o tráfego intenso.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que o Governo tailandês coloca esta hipótese em cima da mesa. A ex-primeira ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra – forçada a renunciar ao cargo em 2014 por ter sido condenada por abuso de poder –, já tinha sugerido a alteração da capital para a província de Nakhon Nayok, a cerca de 100 quilómetros de Banguecoque.
O primeiro-ministro garante, no entanto, que a avançar com esta medida será preciso realizar estudos sobre os impactos sociais e económicos – que ainda não foram pedidos, segundo o secretário-geral do Conselho Nacional de Desenvolvimento Económico e Social da Tailândia. Thosaporn Sirisamphand acrescenta ainda que “a realocação da capital é um grande feito, o que exige uma séria cooperação entre várias agências”.
Também o Presidente da Indonésia revelou, no final de agosto, intenções de mudar a capital, Jacarta, para a ilha de Bornéu. Tal como Banguecoque, a atual capital da Indonésia encontra-se sobrelotada, com um elevado nível de poluição e com um trânsito caótico. Jacarta e Banquecoque ocupam os 7.º e 8.º lugares, respetivamente, num estudo elaborado pela empresa de sistemas de navegação TomTom, onde são ordenas as cidades com “o pior trânsito do mundo”.