Seca. Água não vai faltar nas torneiras, garante ministro

Seca. Água não vai faltar nas torneiras, garante ministro


João Pedro Matos Fernandes descansou o país relativamente ao consumo humano.


O ministro do Ambiente garantiu ontem que os portugueses não vão sofrer com a falta de água nas torneiras. “Sendo muito cuidadoso naquilo que vou dizer, este ano não vai faltar água na torneira dos portugueses para consumo humano. Obviamente que nunca digo isto de forma despreocupada porque – insisto – temos que poupar água”, afirmou João Pedro Matos Fernandes na comissão de Ambiente, no Parlamento.

O responsável pela pasta alertou, no entanto, que existe uma probabilidade cada vez maior de ocorrerem anos de seca. Perante esse cenário, defendeu, “só há uma medida de longo prazo contra a seca, que é gastar menos água” e ser “mais eficiente no uso” dos recursos.

Na mesma ocasião, João Pedro Matos Fernandes destacou a Bacia do Sado como o local onde se verificam “os casos mais agudos” relativamente à água destinada à agricultura. O ministro frisou em específico o caso da barragem de Pego do Altar, em Alcácer do Sal: “Já sabemos hoje que, a não ser que chova muito nos próximos dias – e essa hipótese existe sempre -, não vamos conseguir proceder à rega para o arroz a 100% da sua área, mas nuns casos é em 90% e noutros casos é em 85%. E estes valores são valores que já aconteceram em anos, até alguns anos relativamente longínquos”.

Aproveitar a água de etar? Ainda na comissão parlamentar de Ambiente, o ministro do Ambiente e da Transição Energética anunciou que o plano para reaproveitamento de água de esgoto tratada em Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) – a ser reintroduzida no sistema destinando-se a rega de jardins, rega agrícola e lavagem de ruas –  já foi apresentado. A meta, afirmou o responsável, é chegar “ao ano de 2025 com 10% dos efluentes tratados já em uso e ao ano de 2030 com 20% dos efluentes tratados já em uso”, notando que possa vir a ser preciso realizar a “ligação entre algumas albufeiras de maneira a garantir que nos sítios onde chove menos a água lá consegue chegar”.