O parlamento vai voltar a debater as corridas de toiros no dia 6 de julho. Os deputados vão discutir os projetos de lei do PAN, Bloco de Esquerda e PEV.
O PAN apresenta o diploma mais radical e defende o fim das touradas. Os argumentos apresentados são muitos e para o PAN “não há como contornar o facto da existência de espetáculos tauromáquicos colocar em causa a vida e a integridade física e emocional dos animais envolvidos, não apenas de touros mas também de cavalos, e atentar gravemente contra a sua liberdade”.
O Bloco de Esquerda apresenta dois projetos de lei. Um dos diplomas pretende que as transmissões televisivas sejam acompanhadas de bolinha vermelha no canto do ecrã. Os bloquistas garantem que vários estudos académicos demonstram “os efeitos negativos das crianças e adolescentes assistirem a touradas na formação da sua personalidade”.
O partido liderado por Catarina Martins pretende ainda proibir “o apoio institucional à realização de espetáculos que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animal”.
O PEV apresenta também um projeto de lei para acabar com “o financiamento público, por quaisquer entidades públicas, aos espetáculos tauromáquicos”.
Para o PEV, este não é ainda o momento para discutir a abolição das touradas, porque “não teria acolhimento no parlamento”, mas não é justo que os portugueses continuem a pagar a realização deste espectáculo “através dos apoios ou subsídios que são atribuídos a empresas e particulares no âmbito da actividade tauromáquica”.
