Fraude e corrupção em Portugal – contributos explicativos


No OBEGEF acreditamos que o trabalho traduzido no livro “Fraude em Portugal – Causas e Contextos” representa um acervo de reflexões de grande importância na sistematização da compreensão da problemática da fraude e da corrupção no nosso país.


O Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OEBEGF – http://www.gestaodefraude.eu/wordpress/) lançou recentemente o livro “Fraude em Portugal – Causas e Contextos” (http://www.gestaodefraude.eu/wordpress/?p=31283), um trabalho que se constitui como contributo para um conhecimento mais detalhado dos contornos do problema da fraude e da corrupção no nosso país.

O projeto contou com contributos de autores de diversas proveniências, tanto da academia como de áreas mais técnicas e operacionais, que exploraram o fenómeno segundo as vertentes das causas e dos contextos, tanto numa dimensão mais objetiva, mais ligada ao fenómeno em si mesmo, como numa dimensão mais subjetiva, mais preocupada em explorar o perfil e os traços de personalidade daqueles que praticam habitualmente este tipo de atos. 

No plano objetivo, encontramos abordagens que compreendem por exemplo dimensões como sejam: os riscos de fraude e de corrupção bem como os modos de fazer a sua gestão e prevenção nas organizações, tanto nas de caráter público (onde se suscita a questão da corrupção), como nas de caráter privado (onde se considera o problema da fraude); a fraude fiscal; a fraude informática; a fraude ao consumidor; a fraude associada às apostas desportivas; a criminalidade económica organizada; ou ainda, claro, os processos de branqueamento de capitais e a sua relação com os denominados paraísos fiscais e zonas offshore. 

Quanto ao plano que se preocupou sobretudo com a exploração da dimensão de contornos mais subjetivos, encontramos abordagens como: a psicologia do defraudador, a ética e a sua relação com os conflitos de interesses; o peso e a dimensão do fatores culturais; o capital social; ou ainda a relação entre o processo de globalização que as sociedades atravessam e as dinâmicas de fraude.

No OBEGEF acreditamos que o trabalho agora divulgado representa um acervo de reflexões de grande importância para a sistematização e compreensão da problemática da fraude e da corrupção no nosso país.

Claro que estamos perfeitamente conscientes de que o que está por fazer relativamente ao conhecimento do fenómeno é muito mais do que os resultados que agora foram divulgados, até porque, bem o sabemos, este é um fenómeno que se carateriza por uma opacidade natural muito forte. Por isso estamos já a trabalhar no passo subsequente, que procurará explorar essencialmente vertentes mais pragmáticas, no sentido de apresentar possíveis contributos e pistas de trabalho no âmbito da prevenção e do controlo deste fenómeno.

A finalizar, na qualidade de membro do OBEGEF e do grupo de coordenação do projeto, gostaria de agradecer publicamente a todos os autores que desde o primeiro contacto se disponibilizaram para contribuir com o seu esforço e a sua boa vontade para esta concretização.

 


Fraude e corrupção em Portugal – contributos explicativos


No OBEGEF acreditamos que o trabalho traduzido no livro “Fraude em Portugal – Causas e Contextos” representa um acervo de reflexões de grande importância na sistematização da compreensão da problemática da fraude e da corrupção no nosso país.


O Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OEBEGF – http://www.gestaodefraude.eu/wordpress/) lançou recentemente o livro “Fraude em Portugal – Causas e Contextos” (http://www.gestaodefraude.eu/wordpress/?p=31283), um trabalho que se constitui como contributo para um conhecimento mais detalhado dos contornos do problema da fraude e da corrupção no nosso país.

O projeto contou com contributos de autores de diversas proveniências, tanto da academia como de áreas mais técnicas e operacionais, que exploraram o fenómeno segundo as vertentes das causas e dos contextos, tanto numa dimensão mais objetiva, mais ligada ao fenómeno em si mesmo, como numa dimensão mais subjetiva, mais preocupada em explorar o perfil e os traços de personalidade daqueles que praticam habitualmente este tipo de atos. 

No plano objetivo, encontramos abordagens que compreendem por exemplo dimensões como sejam: os riscos de fraude e de corrupção bem como os modos de fazer a sua gestão e prevenção nas organizações, tanto nas de caráter público (onde se suscita a questão da corrupção), como nas de caráter privado (onde se considera o problema da fraude); a fraude fiscal; a fraude informática; a fraude ao consumidor; a fraude associada às apostas desportivas; a criminalidade económica organizada; ou ainda, claro, os processos de branqueamento de capitais e a sua relação com os denominados paraísos fiscais e zonas offshore. 

Quanto ao plano que se preocupou sobretudo com a exploração da dimensão de contornos mais subjetivos, encontramos abordagens como: a psicologia do defraudador, a ética e a sua relação com os conflitos de interesses; o peso e a dimensão do fatores culturais; o capital social; ou ainda a relação entre o processo de globalização que as sociedades atravessam e as dinâmicas de fraude.

No OBEGEF acreditamos que o trabalho agora divulgado representa um acervo de reflexões de grande importância para a sistematização e compreensão da problemática da fraude e da corrupção no nosso país.

Claro que estamos perfeitamente conscientes de que o que está por fazer relativamente ao conhecimento do fenómeno é muito mais do que os resultados que agora foram divulgados, até porque, bem o sabemos, este é um fenómeno que se carateriza por uma opacidade natural muito forte. Por isso estamos já a trabalhar no passo subsequente, que procurará explorar essencialmente vertentes mais pragmáticas, no sentido de apresentar possíveis contributos e pistas de trabalho no âmbito da prevenção e do controlo deste fenómeno.

A finalizar, na qualidade de membro do OBEGEF e do grupo de coordenação do projeto, gostaria de agradecer publicamente a todos os autores que desde o primeiro contacto se disponibilizaram para contribuir com o seu esforço e a sua boa vontade para esta concretização.