Preço dos combustíveis com a maior descida em nove meses

Preço dos combustíveis com a maior descida em nove meses


Gasóleo vai ter a queda mais acentuada ao desvalorizar cerca de 3,5 cêntimos por litro.


O preço dos combustíveis vai registar a maior descida em nove meses já a partir desta segunda-feira. Na base desta redução está a desvalorização do petróleo na última semana. A tonelada métrica do gasóleo caiu 8%, enquanto a tonelada métrica de gasolina apresentou uma queda de 4%.

A descida será de 3,5 cêntimos por litro no gasóleo, que é a maior queda no preço desde a penúltima semana de 2015. Já a gasolina descerá cerca de 2,5 cêntimos por litro, que se regista como a maior baixa desde a última semana de janeiro.

Segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) admite que o gasóleo pode descer até aos 1,15 euros por litro, enquanto a gasolina deverá ficar abaixo dos 1,39 euros por litro.

ISP revisto este mês

No próximo dia 12, o governo vai rever o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), pela terceira vez. O agravamento do ISP entrou em vigor em fevereiro, ainda antes do Orçamento do Estado para 2016 e penalizou os combustíveis em seis cêntimos por litro. No entanto, na altura, o Executivo comprometeu-se a rever este imposto de três em três meses. De acordo com as suas contas, está previsto arrecadar uma receita líquida de 2700 milhões de euros ao longo do ano.

A primeira revisão, ocorreu em maio, e resultou na redução do imposto em um cêntimo por litro no gasóleo e na gasolina, o que desiludiu os condutores. O argumento dado, na altura, foi que, nos três meses anteriores, se contabilizou um aumento de 4,6 cêntimos por litro no preço de referência médio da gasolina. Daí, o governo ter decidido baixar o ISP aplicado ao gasóleo em um cêntimo, apesar de o preço de referência deste combustível ter aumentado 3,8 cêntimos, menos do que o valor de referência previsto para a descida de um cêntimo.

Já na segunda revisão, em agosto, o Ministério das Finanças decidiu manter o valor do ISP por considerar que o aumento dos preços dos combustíveis entre maio e junho não foi suficiente para reduzir o imposto.

Recorde-se que, o último relatório de Bruxelas mostra que, depois de impostos, o preço médio da gasolina e do gasóleo praticado em Portugal é dos mais elevados entre os 28 países da União Europeia. Os mesmos dados indicam também que a fiscalidade é o fator que mais pesa nos preços dos combustíveis.