É oficial. Matthias Müller, até agora líder da Porsche é o novo CEO do grupo Volkswagen. O nome foi aprovado esta, sexta-feira, pelo conselho de administração da fabricante alemã que esteve reunido esta sexta-feira.
O nome de Müller já tinha sido apontado quando Martin Winterkorn ainda não tinha abandonado o cargo.
A fabricante automóvel escolhe o gestor de 62 anos para a liderança, numa altura em que a empresa enfrenta a pior crise dos seus 78 anos de história.
A Volkswagen admitiu ter manipulado os resultados dos testes de emissões em veículos com motores Diesel (movidos a gasóleo) nos Estados Unidos da América. Os níveis obtidos nos testes em estrada podiam ser até 40 vezes superiores aos apurados em laboratório. Mais tarde a fabricante alemã admitiu que este chip poderá estar instalado em até 11 milhões de veículos em todo o mundo. A lista do número carros e países afectados vai ser conhecida ainda hoje.
EUA bloqueiam VW
O grupo Volkswagen não recebeu luz cerde das autoridades norte-americanas para vender os seus carros a diesel neste mercado. A garantia foi dada ontem pela Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA). De acordo com a mesma entidade, os reguladores “não estão ainda convencidos que os dados e os elementos fornecidos pela Volkswagen estabelecem que os seus veículos respeitarão as normas exigidas”. Ao mesmo tempo, a EPA prepara-se para reforçar a fiscalização de outras marcas. “A tecnologia muda e temos de nos adaptar”, disse Christopher Grundler, um funcionário da Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA), garantindo que os fabricantes de automóveis foram informados de controlos mais rígidos.
Por isso mesmo, estão a ser desenvolvidas novas abordagens e novos testes. A agência não adiantou, no entanto, como é que essa fiscalização vai ser feita nem como quais são os novos procedimentos para que os fabricantes não sejam capazes de se adaptar com antecedência.
Marcas desmentem
Além das marcas que já admitiram ter falseado os testes de emissão – Volkswagen, Audi e SEAT – a organização de protecção ambientalalemã DUH garantiu ainda que existiam outras fabricantes usavam os mesmos chips. A Daimler (que detém a Mercedes-Benz), a BMW e a Opel (subsidiária da General Motors) seriam outras fabricantes envolvidas. A Daimler já veio desmentir, garantindo que os seus motores “estão dentro de todos os requisitos legais”e admitiu que está a “avaliar as opções legais” sobre as acusações feitas pela organização ambiental. “Negamos categoricamente a acusação de manipular os testes de emissão em relação aos nossos veículos”, disse o fabricante de Mercedes-Benz e Smart num comunicado.
Um exemplo seguido pela General Motors ao afirmar que as suas marcas “têm um compromisso firme de cumprimento rigoroso de normas de emissões”, adiantando não utilizar “dispositivos para falsear emissões em nenhum veículo” que concebe e produz. Também a BMW tinha negado, esta semana, qualquer envolvimento no esquema de emissões.