Os despedimentos anunciados pela Vodafone Espanha não vão afectar o mercado nacional, já que são fruto "da reorganização que está a acontecer" no mercado espanhol.
Fonte oficial da Vodafone Portugal disse que "o plano anunciado em Espanha é fruto não só da reorganização que está a acontecer, em virtude da integração de duas grandes empresas a operar no sector das telecomunicações – a Vodafone e a empresa por si adquirida, a ONO, como também do momento económico vivido em Espanha neste sector, a par do forte investimento realizado no desenvolvimento das Redes de Nova Geração".
Estas alterações "são, por isso, específicas da realidade espanhola, não se tratando de uma decisão transversal a todas as operações da Vodafone ou em particular a Portugal", disse.
A Vodafone Portugal, "apesar de naturalmente adaptar a sua estrutura à dimensão do negócio e à realidade do país, tem conseguido compensar a queda de receitas do setor e as consequências dai resultantes em termos de recursos humanos, com o desenvolvimento de serviços especializados prestados ao grupo Vodafone, nomeadamente nas áreas de Machine-to-Machine e ANOC (Atlantic Network Operation Centre), pelo que até tem sido possível fazer crescer ligeiramente o número global de colaboradores, em particular, os de elevada qualificação técnica", concluiu.
A Vodafone Espanha e Vodafone Ono comunicaram hoje aos representantes dos trabalhadores um despedimento coletivo que pode abranger até um máximo de 1.300 trabalhadores.
O anúncio surge um ano depois da Vodafone ter concluído a compra da operadora Cable Ono por 7.200 milhões de euros e de ter reestruturado a cúpula da direcção.