“Dentro da moldura do Programa [de ajustamento], propomos implementar um conjunto de medidas a partir do início da próxima semana, incluindo reformas fiscais e também ao nível das pensões”.
A informação é oficial e consta da primeira carta que o novo ministro das finanças grego enviou ao Eurogrupo. Um pedido de assistência financeira ao Mecanismo de Estabilidade Europeu, pelo prazo de três anos, é o que pede o governo do Syriza na missiva enviada esta quarta-feira. O documento não fala de valores.
O El País avança entretanto, na sua edição online, que montante pedido será de 50 mil milhões de euros. O jornal cita fontes comunitárias.
“Vamos também incluir medidas adicionais que permitam à República [helénica] reforçar e modernizar a nossa economia. O governo grego irá apresentar na quinta-feira, dia 9, no máximo, uma agenda detalhada para uma reforma específica e abrangente para avaliação pelas três instituições e para ser apresentada ao Eurogrupo”, lê-se na carta enviada por Euclid Tsakalotos ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
No mesmo documento, o ministro das Finanças da Grécia afirma ainda que “a Grécia está comprometida em honrar as suas obrigações financeiras com todos os seus credores, de uma forma total e atempada”.
“Acreditamos que os Estados Membros têm consciência da urgência do nosso pedido de assistência, tendo em conta a fragilidade do nosso sistema bancário, a nossa reduzida liquidez, as nossas obrigações [para com os credores], os atrasos nos compromissos internos e o nosso desejo expresso de cumprir com as nossas obrigações junto do FMI e do Banco Grego”.
Atenas falhou no final do mês passado o pagamento de 1.600 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, e no próximo dia 20 de Julho chegam à maturidade títulos do BCE no valor de 3.500 milhões de euros.
“Reiteramos o comprometimento da Grécia em manter-se como membro da zona euro, e respeitamos as regras e regulamentos como Estado-membro”, conclui Tsakalotos.
[notícia actualizada às 13h00]
