A velha Europa anti-semita está a renascer das cinzas


Com a social-democracia e a democracia cristã em agonia, estão de volta os nacionalismos, as xenofobias e os novos nazismos e comunismos.


© Associated Press

Syriza está há muitos meses no centro das atenções da Europa e do mundo. No meio de tanto cimeira europeia, de tanta fumaça, esquece-se a verdadeira natureza do partido que chegou ao poder tão democraticamente como os nacionais-socialistas alemães em 1932. O Syriza é uma coligação de grupos e grupelhos de extrema-esquerda, com programas comunistas, que rejeita liminarmente tudo o que foi construído na Europa nos últimos 70 anos.

Não é por acaso que escolheu para parceiro na coligação governamental os Gregos Independentes, um partido xenófobo, de extrema-direita, que pouco se distingue do Aurora Dourada, partido nazi e terceira força política na Grécia. A situação grega está debaixo dos holofotes internacionais, mas não é a única na Europa. O surgimento do Podemos em Espanha, outra força de extrema-esquerda, os excelentes resultados eleitorais de forças xenófobas na Escandinávia, a subida da Frente Nacional em França e do UKIP no Reino Unido mostram que a social-democracia e a democracia cristã, forças responsáveis pela reconstrução da Europa no pós-guerra, estão decadentes e incapazes de responder a questões que não são novas, são velhas num continente que viveu duas guerras e assistiu ao holocausto de seis milhões de judeus. O nazismo, o comunismo e a perseguição aos judeus não desapareceram em 70 anos de paz e solidariedade.

Estão a renascer das cinzas com a cumplicidade e o silêncio de forças políticas ditas democráticas da tal Europa da paz e da solidariedade. São poucas as vozes com coragem para denunciar o anti-semitismo e a xenofobia. E quando o fazem são alvo de ataques miseráveis, como aconteceu recentemente com José María Aznar. O ex-chefe do governo espanhol denunciou um chamado movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) que pressiona países e empresas que importam ou têm relações comerciais com Israel ou compram produtos feitos em Israel. Este movimento, sob a capa do apoio aos palestinianos, mais não é do que uma organização anti-semita que tem a simpatia e o apoio de governos e empresas europeias. Tudo isto acontece numa altura em que a perseguição aos judeus atingiu, em 2013, o mais alto nível dos últimos sete anos. Um estudo do instituto norte-americano Pew Research Center revela que o número de países onde os judeus são perseguidos tem vindo a aumentar desde 2009.

Na Europa, só em 2013 foram registadas formas de perseguição a judeus, por parte de indivíduos ou de grupos sociais, em 34 dos 45 países do continente (76%). É esta a realidade da Europa do século XXI. Uma realidade que está bem presente também na forma como são tratados os refugiados e os migrantes. Uma realidade que justifica uma fronteira com torres de vigilância e arame farpado entre a Hungria e a Sérvia. Uma realidade que passa pelo retorno dos fantasmas do passado. Uma realidade que, queira-se ou não, representa o regresso do nazismo e do comunismo em novas roupagens. Mas se nos anos 30 e 40 do século XX os judeus não tinham saída para a barbárie, hoje há Israel, um Estado forte e democrático, uma espinha na garganta de tantos democratas de pacotilha, de tantos anti-semitas travestidos de amigos dos palestinianos. A Europa caminha para o abismo moral e material. Israel é o presente e o futuro de um povo que não se rende e que nunca mais irá viver os horrores de um novo holocausto. 

A velha Europa anti-semita está a renascer das cinzas


Com a social-democracia e a democracia cristã em agonia, estão de volta os nacionalismos, as xenofobias e os novos nazismos e comunismos.


© Associated Press

Syriza está há muitos meses no centro das atenções da Europa e do mundo. No meio de tanto cimeira europeia, de tanta fumaça, esquece-se a verdadeira natureza do partido que chegou ao poder tão democraticamente como os nacionais-socialistas alemães em 1932. O Syriza é uma coligação de grupos e grupelhos de extrema-esquerda, com programas comunistas, que rejeita liminarmente tudo o que foi construído na Europa nos últimos 70 anos.

Não é por acaso que escolheu para parceiro na coligação governamental os Gregos Independentes, um partido xenófobo, de extrema-direita, que pouco se distingue do Aurora Dourada, partido nazi e terceira força política na Grécia. A situação grega está debaixo dos holofotes internacionais, mas não é a única na Europa. O surgimento do Podemos em Espanha, outra força de extrema-esquerda, os excelentes resultados eleitorais de forças xenófobas na Escandinávia, a subida da Frente Nacional em França e do UKIP no Reino Unido mostram que a social-democracia e a democracia cristã, forças responsáveis pela reconstrução da Europa no pós-guerra, estão decadentes e incapazes de responder a questões que não são novas, são velhas num continente que viveu duas guerras e assistiu ao holocausto de seis milhões de judeus. O nazismo, o comunismo e a perseguição aos judeus não desapareceram em 70 anos de paz e solidariedade.

Estão a renascer das cinzas com a cumplicidade e o silêncio de forças políticas ditas democráticas da tal Europa da paz e da solidariedade. São poucas as vozes com coragem para denunciar o anti-semitismo e a xenofobia. E quando o fazem são alvo de ataques miseráveis, como aconteceu recentemente com José María Aznar. O ex-chefe do governo espanhol denunciou um chamado movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) que pressiona países e empresas que importam ou têm relações comerciais com Israel ou compram produtos feitos em Israel. Este movimento, sob a capa do apoio aos palestinianos, mais não é do que uma organização anti-semita que tem a simpatia e o apoio de governos e empresas europeias. Tudo isto acontece numa altura em que a perseguição aos judeus atingiu, em 2013, o mais alto nível dos últimos sete anos. Um estudo do instituto norte-americano Pew Research Center revela que o número de países onde os judeus são perseguidos tem vindo a aumentar desde 2009.

Na Europa, só em 2013 foram registadas formas de perseguição a judeus, por parte de indivíduos ou de grupos sociais, em 34 dos 45 países do continente (76%). É esta a realidade da Europa do século XXI. Uma realidade que está bem presente também na forma como são tratados os refugiados e os migrantes. Uma realidade que justifica uma fronteira com torres de vigilância e arame farpado entre a Hungria e a Sérvia. Uma realidade que passa pelo retorno dos fantasmas do passado. Uma realidade que, queira-se ou não, representa o regresso do nazismo e do comunismo em novas roupagens. Mas se nos anos 30 e 40 do século XX os judeus não tinham saída para a barbárie, hoje há Israel, um Estado forte e democrático, uma espinha na garganta de tantos democratas de pacotilha, de tantos anti-semitas travestidos de amigos dos palestinianos. A Europa caminha para o abismo moral e material. Israel é o presente e o futuro de um povo que não se rende e que nunca mais irá viver os horrores de um novo holocausto.