João Sousa. Wimbledon e Wawrinka são combinação demasiado explosiva

João Sousa. Wimbledon e Wawrinka são combinação demasiado explosiva


Nada mudou em relação à edição de 2014. O tenista português caiu perante o mesmo adversário, na primeira ronda, e novamente em três sets.


Ainda não foi desta que João Sousa se estreou a vencer em Wimbledon, o Grand Slam onde agora passa a somar duas derrotas, em outros tantos anos no quadro principal. O causador de toda a desgraça do tenista português no All England Club voltou a ser Stanislas Wawrinka, o suíço que em 2014 foi também o seu carrasco na ronda inaugural do torneio.

João Sousa não é um tenista com muita sorte nos sorteios. Pelo segundo ano consecutivo, o actual 46º classificado do ranking ATP viu o nome do suíço Stanislas Wawrinka, quarto da hierarquia mundial, aparecer logo acima do seu no quadro de encontros da primeira ronda de Wimbledon. Em termos de ranking, só três tenistas poderiam assustar mais o jogador português: Novak Djokovic, Roger Federer, e Andy Murray. Mas atenção, contando apenas com o desempenho de 2015, Wawrinka está melhor do que Federer, e depois de ter vencido Djokovic em Roland Garros, tornou-se o adversário mais temível do circuito.

O actual momento de forma de Wawrinka não intimidou João Sousa, pelo menos no jogo inaugural da partida, em que o português começou a servir. O pior veio mais tarde, com João Sousa a levar dois breaks consecutivos, e a perder o controlo completo do set. Em 24 minutos, Wawrinka fechava o primeiro set a seu favor, por 6-2, conquistando todos os pontos disputados no seu primeiro serviço.

No set seguinte, João Sousa voltou a começar com o serviço e não desiludiu. Mais preciso, o português foi aguentando com firmeza, quebrando apenas quando servia para se colocar na frente, por 6-5. Foi quebrado e logo de seguida Wawrinka fechou o set, este com a duração de 43 minutos. Desta vez, Wawrinka aproveitou a única oportunidade de break de que dispôs no set, ao contrário do que aconteceu no primeiro, em que apenas concretizou duas em oito.

Mais do mesmo no terceiro e último set. João Sousa volta a abrir e não treme. Depois de oferecer um set, de disputar o segundo, este prometia uma vitória, ou pelo menos um tie-break para o português. João Sousa ficou-se pela segunda opção, num set onde nenhum dos jogadores passou por um calafrio. No tie-break, Wawrinka revelou-se implacável, e ditou o adeus de João Sousa a Wimbledon, na vertente de singulares, em uma hora e 48 minutos. Resta ao português disputar a variante de pares, onde em parceria com o colombiano Santiago Giraldo vai tentar vencer a dupla Mate Pavic e Michael Venus.

Para o tenista português este foi o 17º encontro contra membros do actual top 10, onde o panorama é cada vez mais negro. Venceu apenas por uma vez, contra David Ferrer, no único jogo que disputou com o espanhol, por 2-0. De resto, o seu maior carrasco é Andy Murray, com quem perdeu em seis ocasiões, somando apenas um set a seu favor. De resto, venceu apenas um set a Roger Federer e, dos actuais 10 melhores tenistas, só não defrontou o japonês Kei Nishikori.