Banco de Portugal. Maioria e PCP aprovam relatório da audição de Carlos Costa

Banco de Portugal. Maioria e PCP aprovam relatório da audição de Carlos Costa


Socialistas abstiveram-se e Bloco de Esquerda não esteve presente na reunião.


Os deputados da Assembleia da República aprovaram nesta quinta-feira, com a abstenção do PS, o relatório da audição de Carlos Costa, que o governo decidiu reconduzir para liderar o Banco de Portugal.

A comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública votou nesta quinta-feira o relatório da audição da personalidade indicada pelo governo para ficar à frente do Banco de Portugal, o já governador Carlos Costa: o PSD, o CDS e o PCP votaram a favor, o PS absteve-se e o BE não esteve presente na reunião.

O relatório será agora enviado para o governo que poderá assim nomear oficialmente Carlos Costa para o seu segundo mandato à frente do Banco de Portugal.

Em declarações à Lusa, o presidente da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, o socialista Eduardo Cabrita, disse que o relatório esta quinta-feira aprovado é “uma acta sem qualquer valoração e transcrevendo a audição” de Carlos Costa.

Eduardo Cabrita explicou que a votação, que esteve agendada para quarta-feira, foi adiada porque os partidos da oposição consideraram que era importante incluir a resposta do governador do Banco de Portugal sobre “porque é que não era possível remeter à comissão a auditoria interna sobre a actuação do Banco de Portugal no Banco Espírito Santo”.

“Essa resposta chegou ontem [quarta-feira] à tarde e os partidos da oposição disseram que teria de constar do relatório”, o que foi aceite pelo deputado relator, o social-democrata Carlos Santos Silva.

Eduardo Cabrita disse ainda que “essa resposta é grave” porque “fundamenta o não envio ao parlamento da auditoria interna” feita pelo banco central e inclui “um conjunto de considerações muito infelizes sobre as comissões parlamentares”.

Por isso mesmo, acrescentou, o PS solicitou que estas considerações feitas pelo Banco de Portugal sejam enviadas à primeira comissão parlamentar, a de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Lusa