Uma comissão internacional independente de investigação da ONU acusa Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza, com a “intenção de destruir” os palestinianos.
“Nós chegamos à conclusão que um genocídio acontece em Gaza e vai continuar a acontecer, sendo que responsabilidade cabe ao Estado de Israel”, disse a presidente desta comissão, Navi Pillay, esta terça-feira, ao apresentar um relatório sobre os crimes cometidos nos territórios palestinianos ocupados.
Os mais altos dirigentes israelitas “orquestraram uma campanha genocida”, acrescentou.
A Comissão “concluiu que o Presidente israelita, Isaac Herzog, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, incitaram o genocídio e que as autoridades israelitas não tomaram qualquer medida contra estas pessoas para punir essa incitação”.
A investigação, que recua até 7 de outubro de 2023 quando o Hamas lançou o ataque, conclui que as autoridades e as forças de segurança israelitas cometeram “quatro dos cinco actos genocidas” definidos pela Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948.
Israel, através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, já veio rejeitar “categoricamente” o relatório que considera ser “tendencioso e mentiroso”, pedindo a dissolução imediata” da Comissão.







