Ferro Rodrigues, antigo secretário-geral do PS e ex-presidente da Assembleia da República disse, esta segunda-feira, ter ficado indignado com as declarações de Carlos Moedas sobre a demissão do ministro Jorge Coelho após a queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001.
“Como amigo e sucessor de Jorge Coelho no Ministério do Equipamento Social manifesto a minha indignação pelas mentiras de Carlos Moedas”, afirmou Ferro Rodrigues à agência Lusa.
Em causa está o facto de o presidente da Câmara de Lisboa ter sido confrontado no domingo à noite, durante uma entrevista à SIC, com o exemplo do falecido socialista Jorge Coelho, em 2001, que se demitiu das funções de ministro de ministro do Equipamento Social na sequência da queda da ponte de Entre-os-Rios, no rio Douro.
Carlos Moedas recusou a comparação e disse que o gabinete do então ministro Jorge Coelho tinha sido informado acerca da fragilidade da ponte, ainda antes do acidente, enquanto no caso dele, pelo contrário, não recebeu qualquer sinal nesse sentido em relação ao Elevador da Glória.
“Responsabilidade política é quando o político sabe e não atua”, defendeu o autarca.
No entanto, segundo Ferro Rodrigues, “Jorge Coelho não tinha qualquer informação de que pudesse acontecer o que se passou” e Carlos Moedas “mentiu”.
“Caso contrário, obviamente, tinha proibido o acesso à ponte naquela terrível tempestade”, garantiu, acrescentando que não diziam mais sobre o assunto porque não quer “contribuir para quem procura desviar atenções para a queda da ponte de Entre-os-Rios, onde todos os inquéritos foram feitos e publicados”.
