A ministra da Saúde disse esta terça-feira, a propósito da grávida que passou por vários hospitais e acabou por perder o bebé após o nascimento, que assume a responsabilidade resolvendo os problemas, e não demitindo-se.
Questionada sobre o que iria fazer neste caso – a sua antecessora no cargo demitiu-se na sequência da morte de uma grávida transferida por falta de vagas na neonatologia do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins respondeu: “a forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me”.
A governante, à margem da apresentação dos resultados do índice de Sustentabilidade da Saúde, desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS), disse que qualquer morte “é sempre muito grave”.
No entanto, sublinhou que vai aguardar “de forma serena” os resultados das auditorias internas aos hospitais por onde passou a grávida.
“A Direção Executiva está, com os hospitais que receberam esta senhora – ela foi vista em vários hospitais – a fazer uma avaliação cuidada e auditorias internas em cada um dos hospitais”, disse a governante.
”Temos que aguardar de uma maneira serena os resultados, que vão ser rápidos, para perceber o que se passou efetivamente”, acrescentou.
Em causa está o caso de uma mulher que terá sido atendida em cinco unidades hospitalares em 13 dias, referindo queixas de dores, tendo o parto sido realizado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, em 22 junho, onde, “pouco tempo depois, a recém-nascida morreu”.
A propósito dos constrangimentos sentidos nas urgências de obstetrícia, que têm funcionado de forma intermitente ao fim de semana na região de Lisboa, a ministra disse que “muito proximamente” avançarão as urgências regionais nesta zona do país.
“O diretor executivo está a trabalhar neste plano e, muito brevemente, ele será apresentado ao Governo”, disse Ana Paula Martins, reconhecendo que “é preciso reorganizar os serviços de urgência”.
“É, aliás, algo que estava no plano de emergência e que está no programa do Governo”, acrescentou.







