Brian Wilson, o adeus ao génio dos Beach Boys


São tantos e tão bons os temas que o difícil mesmo é escolher. De Barbara Ann a Good Vibrations, de Surfin USA a Kokomo passando por California Girls, Help me Rhonda e I Get Around são muitos os hits que nos fazem dançar ao sabor de um qualquer cocktail.


Quando o verão chega e o calor aperta as músicas que nos entram de imediato no imaginário são as que nos remetem para praia, sol e mar. É a vontade de que cheguem rapidamente as férias, as saudades dos mergulhos e de não fazermos nenhum. No meu caso particular, as minhas playlists têm sempre uma referência e ela chama-se The Beach Boys. A icónica banda americana dos anos 60 marcou gerações e acompanhou o crescimento do surf um pouco por todo o Mundo, ao ponto de continuar a ser ouvida com frequência nas rádios e nos bares de praia. São tantos e tão bons os temas que o difícil mesmo é escolher. De Barbara Ann a Good Vibrations, de Surfin USA a Kokomo passando por California Girls, Help me Rhonda e I Get Around são muitos os hits que nos fazem dançar ao sabor de um qualquer cocktail ou simplesmente nos acompanham num final de tarde, sentados na areia a ver as ondas.

Dos três concertos que gostaria de ter assistido em toda a minha vida, dois já não terei oportunidade, Queen e Sublime. O terceiro era precisamente a banda californiana, que tive o privilégio de ver ao vivo nas festas do Crato, no Alentej, em 2005, faz por isso agora 20 anos. Já na altura, a banda estava em processo de finalização e não contava com os irmãos Wilson, fundadores e grandes criadores do projeto. Ainda assim foi incrível, ouvir todas aquelas músicas que me percorreram a juventude, numa noite tórrida de verão. Recordo-me de uma cena épica ainda hoje. Quando começaram a tocar o California Girls lançaram-se pranchas de surf que as pessoas iam deslizando sobre as cabeças com umas “girls” em cima delas como se estivessem a surfar uma onda humana. Estes são aqueles momentos que marcam a diferença e nos ficam guardados na memória para sempre.

Acontece que neste mês de julho, Brian Wilson, o grande génio transformador da banda partiu depois de uma longa saga em que teve que lidar com uma demência progressiva que lhe retirou completamente a noção do espaço e do música. O autor e escritor passou de composições despretensiosas e adolescentes em letras que falavam de carros, surf e praia para um trabalho mais complexo e artístico como é disso exemplo o álbum Pet Sounds lançado em 1966. A revista MOJO, em 1995, classificou-o como o melhor álbum de todos os tempos. Em 2004, foi a vez da Rolling Stone classificá-lo como o 2.º melhor álbum de todos os tempos, depois do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui conseguiu, pela primeira vez explorar o universo sonoro da natureza, dos sons dos animais e das plantas. A arquitetura sonora que captou através de movimentos verdadeiros e captações verdadeiramente únicas tornaram este álbum inimitável e um marco na história da musica mundial, servindo de inspiração e influência para tantos outros que lhe seguiram.

Sufocado por um perfeccionismo que o acompanhou desde cedo (bem como a saúde frágil) refugiou-se nos seus universos sonoros para colocar ao serviço de banda temas absolutamente fascinantes. Canções que perduram no tempo e que nos farão sempre sorrir e lembrar do quanto é bom viver o Verão, no meio da natureza ou no encontro de um novo amor. Fica o legado que não se apaga e as canções desenhadas por um autentico escultor sobretudo nesse ultimo álbum imprescindível para quem se quer debruçar sobre a história da música. Morreu aos 82 anos mas os seus Beach Boys viverão para sempre, dentro de mim e de muitos outros que vibram com essas melodias ímpares. Teremos saudades.

Brian Wilson, o adeus ao génio dos Beach Boys


São tantos e tão bons os temas que o difícil mesmo é escolher. De Barbara Ann a Good Vibrations, de Surfin USA a Kokomo passando por California Girls, Help me Rhonda e I Get Around são muitos os hits que nos fazem dançar ao sabor de um qualquer cocktail.


Quando o verão chega e o calor aperta as músicas que nos entram de imediato no imaginário são as que nos remetem para praia, sol e mar. É a vontade de que cheguem rapidamente as férias, as saudades dos mergulhos e de não fazermos nenhum. No meu caso particular, as minhas playlists têm sempre uma referência e ela chama-se The Beach Boys. A icónica banda americana dos anos 60 marcou gerações e acompanhou o crescimento do surf um pouco por todo o Mundo, ao ponto de continuar a ser ouvida com frequência nas rádios e nos bares de praia. São tantos e tão bons os temas que o difícil mesmo é escolher. De Barbara Ann a Good Vibrations, de Surfin USA a Kokomo passando por California Girls, Help me Rhonda e I Get Around são muitos os hits que nos fazem dançar ao sabor de um qualquer cocktail ou simplesmente nos acompanham num final de tarde, sentados na areia a ver as ondas.

Dos três concertos que gostaria de ter assistido em toda a minha vida, dois já não terei oportunidade, Queen e Sublime. O terceiro era precisamente a banda californiana, que tive o privilégio de ver ao vivo nas festas do Crato, no Alentej, em 2005, faz por isso agora 20 anos. Já na altura, a banda estava em processo de finalização e não contava com os irmãos Wilson, fundadores e grandes criadores do projeto. Ainda assim foi incrível, ouvir todas aquelas músicas que me percorreram a juventude, numa noite tórrida de verão. Recordo-me de uma cena épica ainda hoje. Quando começaram a tocar o California Girls lançaram-se pranchas de surf que as pessoas iam deslizando sobre as cabeças com umas “girls” em cima delas como se estivessem a surfar uma onda humana. Estes são aqueles momentos que marcam a diferença e nos ficam guardados na memória para sempre.

Acontece que neste mês de julho, Brian Wilson, o grande génio transformador da banda partiu depois de uma longa saga em que teve que lidar com uma demência progressiva que lhe retirou completamente a noção do espaço e do música. O autor e escritor passou de composições despretensiosas e adolescentes em letras que falavam de carros, surf e praia para um trabalho mais complexo e artístico como é disso exemplo o álbum Pet Sounds lançado em 1966. A revista MOJO, em 1995, classificou-o como o melhor álbum de todos os tempos. Em 2004, foi a vez da Rolling Stone classificá-lo como o 2.º melhor álbum de todos os tempos, depois do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui conseguiu, pela primeira vez explorar o universo sonoro da natureza, dos sons dos animais e das plantas. A arquitetura sonora que captou através de movimentos verdadeiros e captações verdadeiramente únicas tornaram este álbum inimitável e um marco na história da musica mundial, servindo de inspiração e influência para tantos outros que lhe seguiram.

Sufocado por um perfeccionismo que o acompanhou desde cedo (bem como a saúde frágil) refugiou-se nos seus universos sonoros para colocar ao serviço de banda temas absolutamente fascinantes. Canções que perduram no tempo e que nos farão sempre sorrir e lembrar do quanto é bom viver o Verão, no meio da natureza ou no encontro de um novo amor. Fica o legado que não se apaga e as canções desenhadas por um autentico escultor sobretudo nesse ultimo álbum imprescindível para quem se quer debruçar sobre a história da música. Morreu aos 82 anos mas os seus Beach Boys viverão para sempre, dentro de mim e de muitos outros que vibram com essas melodias ímpares. Teremos saudades.