O ministério das Finanças revelou, esta sexta-feira, que o Estado recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados no novobanco, associados à distribuição de dividendos da instituição financeira.
Esta garantia foi dada depois de o banco ter revelado que assinou um Memorando de Entendimento para a venda da sua posição ao BPCE, por um montante equivalente a uma valorização de aproximadamente 6,4 mil milhões, no final de 2025, para 100% do capital social. A conclusão da transação está prevista para ocorrer durante o primeiro semestre de 2026.
O ministério liderado por Miranda Sarmento recorda que o BPCE é o segundo maior banco francês, um dos maiores bancos europeus e um banco de estrutura cooperativa e afirma que o Governo português vai acompanhar a venda da Lone Star, alienando a posição que o Ministério das Finanças controla diretamente. “Esta operação conclui um longo processo, iniciado com a resolução do BES e a posterior alienação, em 2017, do Novobanco à Lone Star, contribuindo para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro português”.
E lembra que “a compra por parte do BPCE representa para Portugal um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais no nosso país e na economia nacional”, referindo que a instituição francesa é “um banco de elevada credibilidade, solidez e performance” e que a proposta do BPCE permitirá a criação de valor e o apoio à economia nacional e às empresas portuguesas.
“Adicionalmente, esta operação garante uma maior diversificação dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, evitando assim uma desnecessária concentração geográfica, como o Governo advertiu e se mostrou contra. Também garante a manutenção da atual estrutura do mercado bancário nacional, sem que ocorram problemas resultantes de um eventual processo de concentração, nomeadamente de uma reestruturação, e salvaguarda os níveis de concorrência no sistema bancário português” , conclui o ministério das Finanças.