“Um futuro de progresso e de modernidade”


Para além de beneficiário, Portugal foi também um membro ativo do processo de construção europeia, contribuindo para a consolidação do mais bem sucedido projeto de paz e integração económica da história, sendo o papel dos seus líderes reconhecido na atribuição de importantes cargos na estrutura da UE.


Numa época de polarização e confronto, poucos temas merecerão maior unanimidade do que a entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE). Formalizada a 12 de junho de 1985, através da assinatura do tratado de adesão, no Mosteiro dos Jerónimos e efetuada, na prática, a 1 de janeiro de 1986, é justo dizer que a abertura da Europa a Portugal – e vice versa – foi o catalisador de mudanças profundas que ajudaram a moldar o país.

Em 1985, Portugal tinha saído de uma longa ditadura, tentava consolidar o regime democrático e acabara de atravessar uma grave crise financeira. A adesão era fundamental para alinhar o país com os Estados mais desenvolvidos da Europa e superar o atraso e as dificuldades com que o país vivia. Na cerimónia cujos 40 anos se assinalam esta semana, o então primeiro-ministro Mário Soares – que anos antes teve a capacidade de perceber a importância para a democracia portuguesa da adesão à CEE – leu um discurso cujas palavras se revelaram sábias: “Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade. Exige muito dos Portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento. Por outro lado, constitui a consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonização que se lhe seguiu”, disse.

Como o tempo viria a provar, tinha razão. Essa adesão foi ao mesmo tempo fundamental e exigente em vários níveis. M as 40 anos depois, é visível como o país mudou. Os fundos comunitários contribuíram para o desenvolvimento nacional em múltiplos critérios, os requisitos de adesão ajudaram à consolidação da democracia, os padrões de vida da população cresceram significativamente e gerações de jovens cresceram com o sentimento de pertença a uma comunidade e a perspetiva de oportunidades que as anteriores nunca tiveram.

Mas para além de beneficiário, Portugal foi também um membro ativo do processo de construção europeia, contribuindo para a consolidação do mais bem sucedido projeto de paz e integração económica da história, sendo o papel dos seus líderes reconhecido na atribuição de importantes cargos na estrutura da UE. Celebremos, pois, estes quarenta anos de pertença à UE, conscientes de que há muitos e complexos desafios pela frente.

“Um futuro de progresso e de modernidade”


Para além de beneficiário, Portugal foi também um membro ativo do processo de construção europeia, contribuindo para a consolidação do mais bem sucedido projeto de paz e integração económica da história, sendo o papel dos seus líderes reconhecido na atribuição de importantes cargos na estrutura da UE.


Numa época de polarização e confronto, poucos temas merecerão maior unanimidade do que a entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE). Formalizada a 12 de junho de 1985, através da assinatura do tratado de adesão, no Mosteiro dos Jerónimos e efetuada, na prática, a 1 de janeiro de 1986, é justo dizer que a abertura da Europa a Portugal – e vice versa – foi o catalisador de mudanças profundas que ajudaram a moldar o país.

Em 1985, Portugal tinha saído de uma longa ditadura, tentava consolidar o regime democrático e acabara de atravessar uma grave crise financeira. A adesão era fundamental para alinhar o país com os Estados mais desenvolvidos da Europa e superar o atraso e as dificuldades com que o país vivia. Na cerimónia cujos 40 anos se assinalam esta semana, o então primeiro-ministro Mário Soares – que anos antes teve a capacidade de perceber a importância para a democracia portuguesa da adesão à CEE – leu um discurso cujas palavras se revelaram sábias: “Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade. Exige muito dos Portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento. Por outro lado, constitui a consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonização que se lhe seguiu”, disse.

Como o tempo viria a provar, tinha razão. Essa adesão foi ao mesmo tempo fundamental e exigente em vários níveis. M as 40 anos depois, é visível como o país mudou. Os fundos comunitários contribuíram para o desenvolvimento nacional em múltiplos critérios, os requisitos de adesão ajudaram à consolidação da democracia, os padrões de vida da população cresceram significativamente e gerações de jovens cresceram com o sentimento de pertença a uma comunidade e a perspetiva de oportunidades que as anteriores nunca tiveram.

Mas para além de beneficiário, Portugal foi também um membro ativo do processo de construção europeia, contribuindo para a consolidação do mais bem sucedido projeto de paz e integração económica da história, sendo o papel dos seus líderes reconhecido na atribuição de importantes cargos na estrutura da UE. Celebremos, pois, estes quarenta anos de pertença à UE, conscientes de que há muitos e complexos desafios pela frente.