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A recente conversa telefónica entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente norte-americano, Donald Trump, tem sido amplamente destacada pelos meios de comunicação internacionais como um gesto relevante para o alívio das tensões comerciais e o fortalecimento das relações bilaterais. Termos como “conversa há muito esperada” e “diálogo essencial para a economia global” foram utilizados por vários órgãos de imprensa para descrever o encontro virtual.
Durante a chamada, Xi Jinping afirmou que recalibrar o curso das relações sino-americanas – comparadas a um navio de grande porte – exige que ambos os países assumam o comando e naveguem numa direção correta e estável. O líder chinês frisou a importância de evitar perturbações externas e internas que possam comprometer o progresso alcançado. Destacou ainda que a China tem cumprido os compromissos firmados nas negociações bilaterais e apelou a que os Estados Unidos reconheçam tais avanços de forma objetiva, revertendo medidas prejudiciais.
Donald Trump, por sua vez, reconheceu o dinamismo da economia chinesa e afirmou que a cooperação entre os dois países pode resultar em avanços significativos. Referiu-se à mais recente reunião em Genebra como um “sucesso”, mencionando a solidez dos acordos firmados e o empenho dos EUA na sua implementação. Trump expressou ainda uma posição positiva relativamente aos estudantes chineses nos EUA, afirmando que o país os acolhe de forma favorável.
A dimensão económico-comercial continua a ser central na relação entre Pequim e Washington. Ainda que persistam divergências significativas, analistas sublinham que o mais relevante, neste momento, é que ambas as partes mantenham o diálogo com base nos princípios de equidade e benefício mútuo. A China, reiteraram os especialistas, está disposta a negociar, mas rejeita qualquer forma de pressão ou chantagem e não aceitará compromissos que coloquem em causa os seus princípios fundamentais.
Outro ponto sensível abordado por Xi Jinping foi a questão de Taiwan. O presidente chinês alertou para os riscos de um tratamento imprudente do tema por parte dos Estados Unidos, advertindo que forças separatistas podem comprometer a estabilidade regional e conduzir a um cenário de confronto. Em resposta, Donald Trump reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com o princípio de “Uma só China”, reiterando o reconhecimento da política chinesa em relação à ilha.
Este diálogo é visto como um passo construtivo, ainda que preliminar, rumo à estabilização de uma das relações diplomáticas mais influentes no panorama global.