Revogação de vistos a estudantes pelos EUA levanta preocupações globais no setor da educação


.


Revogação de vistos a estudantes pelos EUA levanta preocupações globais no setor da educação

Publicidade – Conteúdo Patrocinado por Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na passada quarta-feira, 28 de maio, que o governo norte-americano deu início à revogação de vistos de estudantes chineses. A medida abrange estudantes com alegadas ligações ao governo chinês ou que estejam matriculados em áreas académicas consideradas sensíveis, como ciência da computação ou engenharia financeira. A decisão foi justificada por motivos de segurança nacional.

Em resposta, o governo da China expressou firme oposição, considerando tratar-se de uma ação politicamente motivada e discriminatória. As autoridades chinesas afirmaram que irão defender de forma resoluta os direitos e interesses legítimos dos seus estudantes nos Estados Unidos.

Desde o início do atual mandato presidencial, a administração norte-americana tem vindo a implementar um conjunto de restrições direcionadas a estudantes internacionais, com especial incidência sobre cidadãos chineses. Entre essas medidas incluem-se limitações à admissão em cursos técnicos, cortes em bolsas de estudo atribuídas por universidades públicas, restrições ao recrutamento internacional por instituições como a Universidade de Harvard, bem como a obrigatoriedade de partilha de dados detalhados sobre estudantes com as autoridades federais.

Além da China, estas políticas têm afetado a comunidade internacional. Em abril deste ano, os Estados Unidos cancelaram os vistos de pelo menos 529 estudantes, professores e investigadores de 88 universidades, gerando preocupação generalizada entre os estudantes estrangeiros e o setor académico global. Nas redes sociais, estudantes de vários países manifestaram-se contra o que consideram ser uma violação dos seus direitos, enquanto universidades como Harvard, o MIT e a Universidade da Califórnia iniciaram processos judiciais contra o governo federal. Empresas tecnológicas como a Apple, Google e Microsoft também alertaram para os impactos negativos destas restrições na competitividade e inovação.

No ano letivo de 2023-2024, mais de 1,1 milhão de estudantes internacionais, oriundos de mais de 210 países e regiões, estavam matriculados em instituições de ensino superior norte-americanas, representando cerca de 6% do total de estudantes no país. Contudo, devido às recentes restrições, o número de estudantes chineses nos Estados Unidos diminuiu de 370 mil em 2019 para 277 mil na atualidade.

A revogação de vistos poderá comprometer seriamente o intercâmbio académico internacional, prejudicar projetos de investigação científica e limitar a partilha de conhecimento entre instituições. Para além disso, a dependência financeira de muitas universidades em relação às propinas pagas por estudantes estrangeiros poderá ser severamente afetada, agravando dificuldades orçamentais já existentes.

Em termos económicos, a presença de estudantes internacionais constitui um contributo significativo para os Estados Unidos. Em 2023, estimou-se que este grupo gerou cerca de 50 mil milhões de dólares para a economia norte-americana. A imposição de restrições ao seu acesso poderá, segundo vários analistas, representar um retrocesso estratégico e comprometer o papel dos Estados Unidos como destino académico de excelência a nível mundial.

Revogação de vistos a estudantes pelos EUA levanta preocupações globais no setor da educação


.


Revogação de vistos a estudantes pelos EUA levanta preocupações globais no setor da educação

Publicidade – Conteúdo Patrocinado por Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na passada quarta-feira, 28 de maio, que o governo norte-americano deu início à revogação de vistos de estudantes chineses. A medida abrange estudantes com alegadas ligações ao governo chinês ou que estejam matriculados em áreas académicas consideradas sensíveis, como ciência da computação ou engenharia financeira. A decisão foi justificada por motivos de segurança nacional.

Em resposta, o governo da China expressou firme oposição, considerando tratar-se de uma ação politicamente motivada e discriminatória. As autoridades chinesas afirmaram que irão defender de forma resoluta os direitos e interesses legítimos dos seus estudantes nos Estados Unidos.

Desde o início do atual mandato presidencial, a administração norte-americana tem vindo a implementar um conjunto de restrições direcionadas a estudantes internacionais, com especial incidência sobre cidadãos chineses. Entre essas medidas incluem-se limitações à admissão em cursos técnicos, cortes em bolsas de estudo atribuídas por universidades públicas, restrições ao recrutamento internacional por instituições como a Universidade de Harvard, bem como a obrigatoriedade de partilha de dados detalhados sobre estudantes com as autoridades federais.

Além da China, estas políticas têm afetado a comunidade internacional. Em abril deste ano, os Estados Unidos cancelaram os vistos de pelo menos 529 estudantes, professores e investigadores de 88 universidades, gerando preocupação generalizada entre os estudantes estrangeiros e o setor académico global. Nas redes sociais, estudantes de vários países manifestaram-se contra o que consideram ser uma violação dos seus direitos, enquanto universidades como Harvard, o MIT e a Universidade da Califórnia iniciaram processos judiciais contra o governo federal. Empresas tecnológicas como a Apple, Google e Microsoft também alertaram para os impactos negativos destas restrições na competitividade e inovação.

No ano letivo de 2023-2024, mais de 1,1 milhão de estudantes internacionais, oriundos de mais de 210 países e regiões, estavam matriculados em instituições de ensino superior norte-americanas, representando cerca de 6% do total de estudantes no país. Contudo, devido às recentes restrições, o número de estudantes chineses nos Estados Unidos diminuiu de 370 mil em 2019 para 277 mil na atualidade.

A revogação de vistos poderá comprometer seriamente o intercâmbio académico internacional, prejudicar projetos de investigação científica e limitar a partilha de conhecimento entre instituições. Para além disso, a dependência financeira de muitas universidades em relação às propinas pagas por estudantes estrangeiros poderá ser severamente afetada, agravando dificuldades orçamentais já existentes.

Em termos económicos, a presença de estudantes internacionais constitui um contributo significativo para os Estados Unidos. Em 2023, estimou-se que este grupo gerou cerca de 50 mil milhões de dólares para a economia norte-americana. A imposição de restrições ao seu acesso poderá, segundo vários analistas, representar um retrocesso estratégico e comprometer o papel dos Estados Unidos como destino académico de excelência a nível mundial.