A operação da Polícia Judiciária, a ser realizada esta quinta-feira, nas instalações do Estado-Maior da Força Aérea e em empresas de meios aéreos, envolve uma empresa que tem ligações ao cunhado e ao irmão do ministro Adjunto e da Presidência.
Em causa estão suspeitas de corrupção, burla ou fraude fiscal na contratação de meios aéreos para o combate a incêndios rurais. A investigação incide numa alegada cartelização na contratação de empresas, que acertariam preços inflacionados e dividiam lucros.
António Leitão Amaro confirmou à SIC Notícias ter conhecimento de que uma empresa com ligações à família concorreu a concursos públicos na área do combate aos incêndios e que pediu escusa quando fossem discutidas pastas relacionadas em Conselho de Ministros.
A empresa em causa é a Gesticopter, com sede em Monfortinho, distrito de Castelo Branco.
Estão em curso cerca de 30 buscas nas zonas de Lisboa, como as instalações do Estado.Maior da Força Aérea em Alfragide; de Castelo Branco, do Porto, do Alentejo e doAlgarve.
Entretanto a Força Aérea já reagiu às buscas e emitiu um breve esclarecimento.
“A Força Aérea confirma que elementos do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público se encontra nas instalações do Estado-Maior da Força Aérea, em Alfragide. Mais se informa que, desde o primeiro momento, a Força Aérea está a colaborar ativamente com o DCIAP, promovendo todo o apoio às necessárias diligências”.
