O Chega foi o partido mais votado nos círculos da emigração e relegou o PS, pela primeira vez na história, para a terceira força política em Portugal. O partido de André Ventura ganhou dois dos quatro mandatos da emigração, tal como há um ano, e a AD elegeu os outros dois, mais um do que em 2024. Já os socialistas não conseguiram, de forma inédita, mandato algum, segundo a contagem dos votos do estrangeiro que decorreu esta terça e quarta-feira na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.
Para o partido de André Ventura, isto significa que, somando aos 58 que tinha já eleito, ficará com 60 assentos no Parlamento, contra 58 do PS, o que lhe garante o lugar de segunda força política e a liderança da oposição.
Os socialistas fecham estas eleições legislativas com 58 deputados eleitos e a AD com 91 deputados, duas quais pela emigração e as restantes 89 pelos círculos nacionais, incluindo os três dos Açores.
Desta vez, a AD conseguiu José Manuel Fernandes pela Europa, lugar que tinha falhado no ano passado, e o Chega vai ter novamente José Dias pelo mesmo círculo. No resto do mundo, Montenegro garante a reeleição de José Cesário e Ventura a de Manuel Magno Alves.
Segundo o site da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o Chega conseguiu 92.192 votos (26,15%), a AD 56.460 votos (16,02%) e o PS 47.693 votos (13,53%).
André Ventura assumiu-se como líder da oposição ao “bloco central de interesses”, e considerou que o resultado das eleições legislativas de 18 de maio representou uma “mudança profunda no sistema político português”.
“É uma grande vitória, é uma vitória que vemos com responsabilidade, mas que sobretudo hoje parece, segundo todos os dados indicam, marcar uma mudança profunda no sistema político português, que é o facto de o Chega se tornar hoje líder da oposição, precisamente com os votos daqueles que tiveram que partir por causa de PS e PSD”, afirmou André Ventura.
“O Chega será o líder da oposição ao bloco central de interesses”, disse, citado pela agência Lusa.