A Caixa Geral de Depósitos apresentou um resultado líquido de 393 milhões de euros, nos três primeiros do ano, uma queda de 2 milhões face a igual período de 2024. A atividade doméstica contribuiu com 358 milhões de euros para o resultado consolidado, enquanto a atividade internacional foi responsável pelos 34,5 milhões de euros, tendo sido «impactada negativamente pelo reforço de provisões e imparidades do BCI em Moçambique, o que provocou uma quebra de 12,9 milhões de euros no seu contributo para o resultado líquido do grupo Caixa».
Ainda assim, Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da Caixa, acredita que a perspetiva é de crescimento e diz-se animado com os resultados.
A margem financeira (diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) consolidada registou uma diminuição de 80 milhões de euros (-11,2%), alcançando 636,2 milhões de euros.
As comissões subiram para 147 milhões de euros, embora a Caixa não tenha atualizado o preçário pelo terceiro ano, mas foi a reversão de provisões e imparidades para o risco do crédito a contribuir para a estabilização do resultado final, com um contributo de 53 milhões.
Os custos de estrutura subiram para 308 milhões, mais 3,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. O volume de negócios cresceu 6% para 167 mil milhões de euros, dos quais mais de 76 mil milhões correspondem a depósitos de clientes, representando uma quota de mercado de 23%. E a carteira de empréstimo aumentou 2,7% para 48,9 mil milhões de euros com os empréstimos para a compra de casa aumentaram 2% (em linha com o mercado) para 25,95 mil milhões de euros.
Nos primeiros três meses, as entregas ao Estado atingiram 244 milhões de euros. O valor inclui 15 milhões de custos regulamentares, 176 milhões em impostos e 34 milhões nas contribuições específicas do setor bancário. E antevê um pagamento de IRC em 2025 na ordem dos 700 milhões de euros.