O BCP registou um lucro de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 3,9% face aos primeiros três meses de 2024. Só o resultado líquido da atividade em Portugal fixou-se em 218,9 milhões de euros nesse período, correspondendo a um aumento de 7,6% em relação ao período homólogo do ano anterior. Trata-se, de acordo com o CEO da instituição financeira, de resultado líquido “bastante razoável”, tendo em conta a “situação geopolítica bastante difícil”.
De acordo com a instituição financeira liderada por Miguel Maya, o resultado líquido da atividade em Portugal foi influenciado pelo aumento de 9,3% (+14,4 milhões de euros) registado nos custos operacionais que totalizaram 168,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025. “A evolução dos custos operacionais ficou a dever-se maioritariamente ao aumento dos custos com o pessoal, sendo que os outros gastos administrativos e as amortizações e depreciações, apesar de também se situarem acima do montante apurado no primeiro trimestre de 2024, tiveram um impacto menos expressivo na evolução face ao trimestre homólogo do ano anterior”.
E diz anda que foi também condicionado pela evolução dos outros proveitos de exploração líquidos, de um proveito de 5,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2024 para um custo de 2,0 milhões de euros nos primeiros três meses de 2025, assim como pela redução dos proveitos core, de 481,3 milhões de euros, para 473,6 milhões de euros no mesmo período.
A margem financeira (diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) subiu 3,6% para 721,1 milhões de euros e as comissões aumentaram 2,1% para 201,4 milhões de euros.
Nos primeiros três meses do ano, as comissões líquidas totalizaram 201,4 milhões de euros, crescendo 2,1% face aos 197,3 milhões de euros registados no período homólogo do ano anterior.
O BCP superou em 100 mil milhões de euros os recursos de clientes, registando um crescimento de 6%, onde estão incluídos os depósitos (85,1 mil milhões) e recursos fora de balanço (18 mil milhões).
Já a carteira de crédito subiu 2,2% a nível do grupo, sendo que em Portugal cresceu 1,3% para 38,9 mil milhões.