O Reino Unido e a União Europeia (UE) anunciaram esta segunda-feira uma parceria para a segurança e defesa numa cimeira em Londres. O objetivo é responder à crescente “volatilidade” no continente europeu, em particular face à ameaça russa.
“As posições do Reino Unido e da UE em matéria de política externa e de segurança estão estreitamente alinhadas em muitas questões relacionadas com as perspetivas e os desafios globais, à luz de valores partilhados, incluindo a promoção da democracia e o empenhamento na defesa do direito internacional”, lê-se num documento publicado no seguimento da cimeira.
Esta foi a primeira reunião de alto nível desde que Londres saiu do bloco comunitário em 2020 e o pacto acordado visa reforçar a cooperação em questões como o apoio à Ucrânia, iniciativas de segurança e defesa, incluindo a indústria da defesa, mobilidade de equipamento e pessoal e segurança espacial.
A parceria prevê encontros regulares de alto nível e consultas estratégicas entre responsáveis da UE e do governo britânico, bem como a colaboração em missões de paz, cibersegurança e combate a ameaças híbridas. A proteção de infraestruturas críticas, como cabos de telecomunicações e de eletricidade submarinos está também acordada.
O pacto não assegura imediatamente o acesso das empresas britânicas da indústria de defesa ao programa militar europeu Ação de Segurança para a Europa (SAFE, na sigla em inglês), que vai mobilizar 150 mil milhões de euros em créditos para a aquisição conjunta de equipamento militar.
Mas esta parceria abre o caminho a negociações sobre os termos da participação nos concursos europeus de aquisição de armamento.
A parceria faz parte de uma série de acordos que vão ser esta segunda-feira anunciados pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder do Conselho Europeu, António Costa, reunidos na capital britânica.