Antipolítica


Temos que repensar a forma de fazer política. Qualquer ilustre cidadão que tenha um discurso fora da bolha política, o caso de Gouveia e Melo é ouvido, admirado e seguido. Dá que pensar…


Estamos fartos de exemplos de antipolítica. Alguém que para permanecer num cargo endossa a culpa para terceiros 

É antipolítica um político, para continuar no seu cargo, tome de um dia para o outro, sem o menor debate ou explicação uma medida capital que durante anos se recusou a implementar.

Antipolítica é o caso dos dois principais partidos (PSD e PS), que ao longo da nossa democracia governaram este país, raramente concordam em que haja um pacto de regime com políticas decentes entre si, dando azo ao crescimento de extremos.

É antipolítica quando o líder da oposição faz uma pergunta ao primeiro-ministro, e o primeiro-ministro responde outra coisa e foge à pergunta.

É antipolítica quando o líder da oposição está sistematicamente contra propostas do governo que se fosse ele a tomá-las estaria de acordo.

É antipolítica, para qualquer um que acompanha os plenários no Parlamento sabe, o que se passa e acontece sendo abjecto e vexatório para a nossa democracia.

É antipolítica o que muitos políticos que exercem cargos, com o seu pedantismo, que se julgam superiores e se gabam de monopolizar o saber, os valores morais e a ética.

É antipolítica quando os partidos políticos não são partidos políticos, mas clubes antidemocráticos e déspotas e, quando os deputados não são deputados, mas robots ao serviço do chefe.

É antipolítica quando os políticos vociferam contra a corrupção se os corruptos forem outros. 

É antipolítica quando os eleitores aceitam que se minta e engane desde que seja o nosso estimado e predilecto.

É antipolítica termos ido a eleições por uma empresa do primeiro- ministro e depois tudo pode ficar na mesma ou parecido.

Tudo isto e muito mais é antipolítica. A antipolítica provoca desabafos e protestos, contra a degradação da política com os nervos à flor da pele, em que se diz: a política é uma bosta e os políticos são todos iguais.

A antipolítica é, naturalmente, o que os políticos fazem.

Há maus políticos, mas há bons políticos que ficam contagiados pelos maus. Em qualquer caso, a antipolítica só pode ser feita por políticos. A antipolítica não é o que os cidadãos fazem ou dizem, mesmo que estejam errados.

Os grandes culpados da antipolítica somos nós todos, os políticos fazem o que fazem porque nós permitimos. Não deveríamos permitir isso.

Temos que repensar a forma de fazer política. Qualquer ilustre cidadão que tenha um discurso fora da bolha política, o caso de Gouveia e Melo é ouvido, admirado e seguido. Dá que pensar…

Os políticos uma vez no poder, devem estar particularmente atentos àquilo que fazem e pensam.

Os portugueses estão mesmo fartos de política e estão-se marimbando para os políticos. Mas os políticos metem a cabeça na areia.

A forma actual de fazer política tem os dias contados.

As campanhas eleitorais são um indício do que é a antipolítica. Vale tudo para chamar à atenção e ser notícia. Depois, por um passe de mágica, desaparecerem nos seus carros luxuosos e ficam nos seus gabinetes.

Mas a antipolítica tem um lado sarcástico: os políticos terem que  mendigar votos, fazendo figuras tristes e ridículas . Não há bela sem senão.

Fundador do Clube dos Pensadores

Antipolítica


Temos que repensar a forma de fazer política. Qualquer ilustre cidadão que tenha um discurso fora da bolha política, o caso de Gouveia e Melo é ouvido, admirado e seguido. Dá que pensar…


Estamos fartos de exemplos de antipolítica. Alguém que para permanecer num cargo endossa a culpa para terceiros 

É antipolítica um político, para continuar no seu cargo, tome de um dia para o outro, sem o menor debate ou explicação uma medida capital que durante anos se recusou a implementar.

Antipolítica é o caso dos dois principais partidos (PSD e PS), que ao longo da nossa democracia governaram este país, raramente concordam em que haja um pacto de regime com políticas decentes entre si, dando azo ao crescimento de extremos.

É antipolítica quando o líder da oposição faz uma pergunta ao primeiro-ministro, e o primeiro-ministro responde outra coisa e foge à pergunta.

É antipolítica quando o líder da oposição está sistematicamente contra propostas do governo que se fosse ele a tomá-las estaria de acordo.

É antipolítica, para qualquer um que acompanha os plenários no Parlamento sabe, o que se passa e acontece sendo abjecto e vexatório para a nossa democracia.

É antipolítica o que muitos políticos que exercem cargos, com o seu pedantismo, que se julgam superiores e se gabam de monopolizar o saber, os valores morais e a ética.

É antipolítica quando os partidos políticos não são partidos políticos, mas clubes antidemocráticos e déspotas e, quando os deputados não são deputados, mas robots ao serviço do chefe.

É antipolítica quando os políticos vociferam contra a corrupção se os corruptos forem outros. 

É antipolítica quando os eleitores aceitam que se minta e engane desde que seja o nosso estimado e predilecto.

É antipolítica termos ido a eleições por uma empresa do primeiro- ministro e depois tudo pode ficar na mesma ou parecido.

Tudo isto e muito mais é antipolítica. A antipolítica provoca desabafos e protestos, contra a degradação da política com os nervos à flor da pele, em que se diz: a política é uma bosta e os políticos são todos iguais.

A antipolítica é, naturalmente, o que os políticos fazem.

Há maus políticos, mas há bons políticos que ficam contagiados pelos maus. Em qualquer caso, a antipolítica só pode ser feita por políticos. A antipolítica não é o que os cidadãos fazem ou dizem, mesmo que estejam errados.

Os grandes culpados da antipolítica somos nós todos, os políticos fazem o que fazem porque nós permitimos. Não deveríamos permitir isso.

Temos que repensar a forma de fazer política. Qualquer ilustre cidadão que tenha um discurso fora da bolha política, o caso de Gouveia e Melo é ouvido, admirado e seguido. Dá que pensar…

Os políticos uma vez no poder, devem estar particularmente atentos àquilo que fazem e pensam.

Os portugueses estão mesmo fartos de política e estão-se marimbando para os políticos. Mas os políticos metem a cabeça na areia.

A forma actual de fazer política tem os dias contados.

As campanhas eleitorais são um indício do que é a antipolítica. Vale tudo para chamar à atenção e ser notícia. Depois, por um passe de mágica, desaparecerem nos seus carros luxuosos e ficam nos seus gabinetes.

Mas a antipolítica tem um lado sarcástico: os políticos terem que  mendigar votos, fazendo figuras tristes e ridículas . Não há bela sem senão.

Fundador do Clube dos Pensadores