Uma Solução Possível


O homem, o maior predador à superfície da Terra, só aprende à custa da experiência vivenciada por ele próprio, não aprende com a experiência dos outros. Por isso se perde tanto tempo e tantos recursos num desperdício que só prejudica a humanidade.


Segundo o “Diário de Notícias de 20 de Maio de 2014, estima-se que, em 2050, com o envelhecimento da população, cerca de 135 milhões de pessoas sofram de algum tipo de demência e que percam a sua autonomia e, de certa forma, a sua “independência”. Roland Mager dizia que “quem não sabe para onde quer ir, não se deve admirar de chegar aonde não queria.” No fundo o que isto quer dizer é que temos que ter um “G.P.S.” e seguir um método rigoroso com um raciocínio lógico, como primeiro passo para o caminho que nos pode levar à descoberta de uma solução para qualquer problema.

Para quem estudou o sistema nervoso e sabe o que são as áreas de Brodman, em que practicamente tudo está mapeado com as funções perfeitamente determinadas (3, 1, 2, somato-sensível; 5 e 7, somato-psíquica; 19 e 39, táctil gnósica; 17, visão, etc., etc…), não parece difícil perceber que a “única” questão que “falta” resolver é saber como gravar, nas nossas memórias, todo um conhecimento já adquirido, guardá-lo, em arquivo, e retirá-lo quando necessário. Mas há doenças que colocam em causa esta operação que, por vezes, até desaparece.

Mas duas questões se colocam: a primeira é guardar a memória do que vai acontecendo (presente), a segunda é “arquivar” a memória do passado. Claro que a primeira é mais difícil, porque requer “mecanismos de informação” totais e permanentes sem “circuitos” deteriorados, o que implica, primeiro, retardar a questão do envelhecimento, segundo, levar um tipo de vida que permita resguardar o mais tempo possível, todos os órgãos vitais e manter, durante muito tempo, um equilíbrio homeostático, que o mesmo é dizer funcional-orgânico. Para que isto seja possível, obviamente, teremos que ter uma medicina preventiva, que desde logo é discriminativa, porque, de facto, só uma minoria a ela poderá ter acesso, já que terá de ser dispendiosa.

Vem tudo isto a propósito do desafio lançado pelo “Reino Unido” (G.B.) para a “solução” de problemas, até agora “insolúveis”, estabelecendo um prémio de 12.2 milhões € por uma solução capaz de mudar o mundo. A resposta para o “problema”, ou seja, a solução está no não envelhecimento das células ou na gradual e progressiva substituição (total) das mesmas. Admitindo que tal será possível, como já foi anunciado, em 2050, levantam-se aqui várias questões, puramente académicas, como dizia Malthus: não haverá alimentos para tanta população, já que a vida se poderá prolongar até aos 120 a 150 anos. A idade de reforma só poderia ser perto dos 120 anos (agora 67) e toda a organização social teria de ser revista. Acresce dizer que as guerras são saneadoras, para “purificar” os maus costumes e, normalmente, moldam uma geração mais compreensiva e tolerante, menos exigente e com um desejo ardente da construção de uma paz, no futuro.

O homem, o maior predador à superfície da Terra, só aprende à custa da experiência vivenciada por ele próprio, não aprende com a experiência dos outros. Por isso se perde tanto tempo e tantos recursos num desperdício que só prejudica a humanidade. O pensar de uma forma lógica, o pensar numa perspectiva histórica, ou o pensar de uma forma pragmática pode, cada uma “de per si”, indicar três tipos diferentes de sociedade, ou de sociedades diferentes com também diferentes organizações sociais com filosofias de vida díspares, que podem digladiar-se, dando origem a uma nova “ordem” e a uma nova sociedade, aniquilando outras que desaparecem porque não estavam preparadas para o combate ou porque manifestamente não percebeu que se tratava de uma guerra existencial.

Está na hora da Europa perceber isto e de escolher qual o caminho que quer trilhar, porque o futuro está aberto a todas as opções, mas há um dado que os actuais políticos europeus ainda não perceberam: é que as pessoas querem viver agora, já, melhor do que vivem e, se tal não for a bem, certamente será a mal.

Uma Solução Possível


O homem, o maior predador à superfície da Terra, só aprende à custa da experiência vivenciada por ele próprio, não aprende com a experiência dos outros. Por isso se perde tanto tempo e tantos recursos num desperdício que só prejudica a humanidade.


Segundo o “Diário de Notícias de 20 de Maio de 2014, estima-se que, em 2050, com o envelhecimento da população, cerca de 135 milhões de pessoas sofram de algum tipo de demência e que percam a sua autonomia e, de certa forma, a sua “independência”. Roland Mager dizia que “quem não sabe para onde quer ir, não se deve admirar de chegar aonde não queria.” No fundo o que isto quer dizer é que temos que ter um “G.P.S.” e seguir um método rigoroso com um raciocínio lógico, como primeiro passo para o caminho que nos pode levar à descoberta de uma solução para qualquer problema.

Para quem estudou o sistema nervoso e sabe o que são as áreas de Brodman, em que practicamente tudo está mapeado com as funções perfeitamente determinadas (3, 1, 2, somato-sensível; 5 e 7, somato-psíquica; 19 e 39, táctil gnósica; 17, visão, etc., etc…), não parece difícil perceber que a “única” questão que “falta” resolver é saber como gravar, nas nossas memórias, todo um conhecimento já adquirido, guardá-lo, em arquivo, e retirá-lo quando necessário. Mas há doenças que colocam em causa esta operação que, por vezes, até desaparece.

Mas duas questões se colocam: a primeira é guardar a memória do que vai acontecendo (presente), a segunda é “arquivar” a memória do passado. Claro que a primeira é mais difícil, porque requer “mecanismos de informação” totais e permanentes sem “circuitos” deteriorados, o que implica, primeiro, retardar a questão do envelhecimento, segundo, levar um tipo de vida que permita resguardar o mais tempo possível, todos os órgãos vitais e manter, durante muito tempo, um equilíbrio homeostático, que o mesmo é dizer funcional-orgânico. Para que isto seja possível, obviamente, teremos que ter uma medicina preventiva, que desde logo é discriminativa, porque, de facto, só uma minoria a ela poderá ter acesso, já que terá de ser dispendiosa.

Vem tudo isto a propósito do desafio lançado pelo “Reino Unido” (G.B.) para a “solução” de problemas, até agora “insolúveis”, estabelecendo um prémio de 12.2 milhões € por uma solução capaz de mudar o mundo. A resposta para o “problema”, ou seja, a solução está no não envelhecimento das células ou na gradual e progressiva substituição (total) das mesmas. Admitindo que tal será possível, como já foi anunciado, em 2050, levantam-se aqui várias questões, puramente académicas, como dizia Malthus: não haverá alimentos para tanta população, já que a vida se poderá prolongar até aos 120 a 150 anos. A idade de reforma só poderia ser perto dos 120 anos (agora 67) e toda a organização social teria de ser revista. Acresce dizer que as guerras são saneadoras, para “purificar” os maus costumes e, normalmente, moldam uma geração mais compreensiva e tolerante, menos exigente e com um desejo ardente da construção de uma paz, no futuro.

O homem, o maior predador à superfície da Terra, só aprende à custa da experiência vivenciada por ele próprio, não aprende com a experiência dos outros. Por isso se perde tanto tempo e tantos recursos num desperdício que só prejudica a humanidade. O pensar de uma forma lógica, o pensar numa perspectiva histórica, ou o pensar de uma forma pragmática pode, cada uma “de per si”, indicar três tipos diferentes de sociedade, ou de sociedades diferentes com também diferentes organizações sociais com filosofias de vida díspares, que podem digladiar-se, dando origem a uma nova “ordem” e a uma nova sociedade, aniquilando outras que desaparecem porque não estavam preparadas para o combate ou porque manifestamente não percebeu que se tratava de uma guerra existencial.

Está na hora da Europa perceber isto e de escolher qual o caminho que quer trilhar, porque o futuro está aberto a todas as opções, mas há um dado que os actuais políticos europeus ainda não perceberam: é que as pessoas querem viver agora, já, melhor do que vivem e, se tal não for a bem, certamente será a mal.